Sei que o post de hoje irá soar um tanto quanto fútil para muitos e até certo ponto vou ouvir dizer que fui manipulado pela mídia, que cai no conto do vigário e assim por diante, mas como é um sentimento que tive dentro de mim e que foi crescendo ao longo de um determinado período resolvi que deveria escrever sobre, sejam quais forem as reações, afinal é pra isso que mantemos um blog, quase como um diário não é mesmo? Se é realidade nós nunca saberemos a verdade, mas que tem muitas linhas que se cruzam com a vida em geral isso tem.
Pois bem, confesso que nunca fui grande fã do Big Brother Brasil (porém sempre fui fã do gênero reality show, desde os tempos em que apostaram em Ilha da Sedução, Casa dos Artistas e por ai vai), mas nesta edição, assim como para muita gente, um "personagem" me chamou a atenção, Marcelo Dourado. Sim digo um personagem pois apesar de não existir um roteiro (o que ainda gera muita controvérsia e teorias da conspiração) o programa é mais um show do que a realidade (conforme eu pautei na dúvida colocada no parágrafo anterior), passando pela maneira como é criado o confinamento, os grupos de "semelhantes", a divisão entre "pobres e ricos" e assim por diante não deixa de direcionar as atitudes e o andamento do "jogo".
Como todos já sabem, Dourado já fora um participante do reality em edições passadas e teve a chance de retornar agora nesta edição. Ciente de como fora rejeitado durante e após sua participação até a fatídica edição a qual foi excluído em um dos famosos paredões, Dourado entendeu bem o que siginificava aquela segunda chance que lhe havia sido dada e retornou ao confinamento pelas mãos de Joseane, outra ex-participante do programa escalada para o BBB 10, que tinha que escolher entre o lutador e o ex-BBB Rafael. Mais maduro e muito mais esperto, afinal praticamente seis anos o separaram da edição anterior, Dourado conseguiu ditar o ritmo do programa e impor sua maneira de observar as coisas. De qualquer maneira além de ter contado com a sorte soube dosar o quanto deveria colocar sua visão de mundo e realidade e quando deveria jogar conforme a música. E parece ter funcionado, o tornando vencedor desta edição do reality.
Mas o que isso tem de importante? Na verdade, tracei um paralelo,apoiado no excelente texto lido pelo apresentador Pedro Bial de quem sou fã confesso, de como a vida em diversas etapas nos dá uma segunda oportunidade de corrigir algo que julgamos errado em nossas vidas e como interpretamos tais chances e como agimos diante desta chance. Normalmente pessoas como eu, de personalidade mais forte e até certo ponto teimosas, nos jogamos de cabeça em tudo que fazemos até percebermos que isto foi um erro e normalmente não temos como mudar o curso das coisas até então. Imaginem se para cada erro, e por que não acerto, de nossa vida nos fosse dada uma segunda chance para mudarmos o que entendemos que precisa ser mudado? Imaginemos ainda se por obra do acaso nos acanhemos e deixássemos de agarrar uma oportunidade por medo ou insegurança do que poderia vir no futuro e depois de anos nos arrependessemos, será que seria nos oferecido uma segunda chance para tal oportunidade?
E se aquele emprego que você sonhava ficou pra trás por uma outra oportunidade que não vingou? E se aquela(e) sua(seu) primeira(o) namorada(o) fosse a pessoa da sua vida? Se a faculdade que você pensava desde criança fosse a que iria lhe realizar ao invés da escolhida por você? Se aquela briga com sua família pudesse ter sido evitada? São tantas as possibilidades em que uma segunda chance poderia ser bem vinda, não é mesmo? Por isso mesmo que, na maioria das vezes, quando esta oportunidade lhe for apresentada pense bem e agarre-a com unhas e dentes pois a mesma poderá mudar o rumo de sua vida, assim como provavelmente ocorrerá com Marcelo Dourado, vencedor desta edição do BBB. Pensem a respeito.
E que venham os novos reality shows e novas situações e lições para a vida!