É sempre interessante fazer um exercício de procurar um filme que além de nos entreter por um determinado período ainda possa nos fazer pensar, não é mesmo? Pois bem, este final de semana fui ao cinema em busca de um filme bom para assistir e me deparei com o filme que dá título ao post de hoje no blog. Confesso que pouco me lembrava da premissa do filme, proveniente de minhas leituras em sites/revistas sobre cinema, e que algo me levou a querer assisti-lo então. E a aposta se mostrou mais do que certeira!
Num cenário futurístico pós apocalíptico, que nos remete a Mad Max e Blade Runner entre outros filmes do gênero, vemos a figura de Eli (Denzel Washington) que ruma sempre em direção ao oeste em um Estados Unidos aparentemente devastado por uma guerra. Em seu caminho, tudo que possa impedi-lo de atingir seu objetivo se torna ameaça. E mais, sua missão se agrava pois ele é também incumbido de proteger um livro nesta sua caminhada, ou melhor, não somente um livro mas "o livro", a Bíblia Sagrada. É verdade que no decorrer da trama o filme não se preocupa muito em explicar o que houve no país (mundo?) nem tão pouco da onde veio tal "missão" (uma voz na cabeça do protagonista?) mas sim em mostrar como pode ser penosa tal caminhada.
O filme tem uma pequena reviravolta quando Eli se depara com um ganancioso chefe de um dos poucos vilarejos habitados no país, Carnegie (Gary Oldman), que está em busca do "livro" que Eli carrega por acreditar que de posse de tal livro ele possa usar suas palavras para dominar e controlar ainda mais pessoas o tornando um líder ainda mais poderoso.
De posse destes elementos, o filme brinca com a percepção do expectador gerando dúvidas com relação, por exemplo, à guerra que dizimou o país teria sido uma guerra santa e seria por isso que todas as bíblias existentes teriam sido queimadas? Seria Eli somente protegido por sua fé ou seria ele algo mais do que simplesmente um andarilho? Seria uma crítica velada o fato de Carnegie querer se utilizar da palavra de Deus e da bíblia para subjulgar e dominar outros povos?
Diante de todas as possíveis respostas que você venha a obter, o filme já cria por si só motivos para ser bem recebido e virar, por que não, mais uma pequena obra prima pra ser adorada ou odiada pelo público. O filme vale ao menos uma visita a uma sala de cinema.
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