Com o final de semana sempre vem a oportunidade para as pessoas que como eu, adoram cinema e estão sempre em busca de entretenimento, cultura e o que mais a sétima arte puder nos oferecer. Está certo que hoje em dia eu ando um pouco em falta com minha vontade cinéfila mas tudo bem. Neste último sábado tive a oportunidade de assistir a mais nova viagem cinematográfica de Tim Burton, Alice no País das Maravilhas, adaptação baseada em obra literária homônima do escritor Lewis Carroll. A seguir passarei minhas impressões porém, guardem bem as palavras adaptação e baseada pois quando lerem o que eu escrever e virem o filme entenderão o que eu quis dizer.
O filme mostra uma versão alternativa da história de Lewis Carroll, quando Alice no ápice de sua adolescência, perdida entre muitas escolhas que a vida vem lhe apresentando se vê novamente as voltas com a lebre apressada e, como se fosse alguma novidade, cai novamente no buraco das raízes de árvore e se vê novamente no territória do "país das maravilhas". É claro que durante grande parte do filme ela não se lembra de ter estado por lá anteriormente, mas isso não influi em nada o andamento da história. Mas não é sobre isso que eu quero falar não. O ritmo do filme se torna um pouco cansativo, principalmente do começo até a metade aproximadamente, quando a ação se desenvolve um pouco melhor. Levado pela recente onda de filmes 3D, resolvi que iria assistir o filme numa sala com este tipo de exibição, o que deve ter sido um de meus principais erros. O filme muitas vezes não te faz sentir como se estivesse vivenciando uma experiência condizente com a tecnologia e mais, algumas cenas do filme parecem até meio soltas em relação a narrativa somente para se fazer uso da tecnologia. Por outro lado, o deleite visual coloridíssimo e ao mesmo tempo dark em que se costuma basear uma parte da obra do diretor Tim Burton está presente firme e forte, e alguns personagens esquisitíssimos também lá estão, como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) e seus trejeitos ou mesmo a Rainha Vermelha (Helena Bonhan Carter) e seu cabeção impagável. Enfim, a experiência visual, não em função da tecnologia 3D, mas da experiência do diretor faz com que cada quadro valha a pena.
Por outro lado Tim Burton peca, a meu ver, em transformar a história em mais uma guerra entre o bem e o mal. Imaginem que a certo ponto da história, Alice é transformada em guerreira e faz uso de uma espada "mágica" para se desfazer de seus inimigos, mudando radicalmente o rumo da história original. Liberdade cinematográfica alguns irão dizer, porém que mudam o rumo da história para algo um pouco improvável.
Enfim, a experiência cinematográfica, ainda que em 2D, faz com que o filme se torne meramente um entretenimento barato no mundo hollywoodiano, com cara de férias de verão americano. Aos que curtem ao trabalho de Tim Burton, entre erros e acertos, vale a pena assistir a obra. Aos que procuram fidelidade a obra literária, aconselho a passarem um pouco longe das salas de cinema e no máximo pegarem o filme quando o mesmo sair em dvd/blue-ray.
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