Estive ontem no Pacaembú pra acompanhar o Corínthians em mais uma partida decisiva. A motivação era total, ainda que com certo receio. Chegando próximo ao estádio já era possível sentir a atmosfera que cercava o espetáculo. A torcida corinthiana havia preparado uma senhora festa. Bexigas, apitos e diversos outros "instrumentos" estavam sendo distribuidos a todos torcedores que adentravam as dependências do estádio. Estava tudo pronto para o que muitos chamavam de partida digna de uma final de campeonato. Lado a lado as maiores torcidas do Brasil se "enfrentariam" nesta noite.
O jogo começara como deveria ser, o Corinthians atacando e buscando os gols, afinal era necessário ao menos 1 x 0 para que o jogo fosse decidido nas penalidades ou mesmo uma diferença superior a dois gols se caso o Flamengo fizesse um gol. E os gols vieram, um depois o outro e o Corinthians dava pinta de que jogaria e se classificaria nesta noite. Foi ai que veio o início de uma tragédia anunciada. Com menos de cinco minutos de jogo na segunda etapa o Flamengo marcava o seu gol, gol que custaria a classificação alvi negra minutos mais tarde. E foi o que aconteceu, mesmo com a vitória, o time alvinegro de Parque São Jorge ficaria mais uma vez de fora da uma Copa Libertadores da América.
Com o final de jogo veio o improvavel: aplausos para o time que ao menos mostrou vontade, garra e buscou até o último minuto o gol que faltava para a classificação (e eu falo literalmente último minuto pois Chicão obrigou Bruno a fazer uma defesa espetacular no último lance do jogo). Mas o sentimento era estranho, vencer a partida e mesmo assim não levar a classificação. Pior que isso, o sentimento não era de revolta como o que acometeu grande parte dos torcedores em 2006 diante da eliminação da competição pelo River Plate da Argentina. Era um sentimento de dever cumprido, de apoio incondicional ao time que faz parte de minha vida desde que nasci. E o sentimento se completava com o empenho mostrado em campo por este grupo de jogadores, que em troca, também aplaudiram a torcida.
O jogo de ontem também viria a servir para uma constatação, mesmo que tudo que envolva o futebol já apontasse nesta direção: a constatação de o Corínthians incomoda a todos os demais torcedores do Brasil, a começar pelos narradores esportivos. Ou você vai me dizer que nunca ouviu os narradores, principalmente da Globo/Globosat Sportv dizerem algo como: fulano é Brasil na Libertadores ou mesmo Ciclano é Brasil na Sulamericana e por ai vai..mas diga, você alguma vez já ouviu estes mesmos narradores dizerem: o Corínthians é Brasil na copa num sei das quantas?? Pois é...isso eu já sabia e ontem eu tive a mais pura e nítida certeza.
O mais importante agora não é iniciar a famosa caça as bruxas com demissão de técnico, enxurrada de jogadores deixando o elenco e por ai vai. É hora de por a cabeça no lugar, avaliar o trabalho executado e ai sim, decidir como quer que o resto do trabalho seja feito, afinal domingo já começa o Campeonato Brasileiro de futebol.
E a vida segue...
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