Quebrando mais uma vez a sequência de posts sobre a viagem a NY (apesar de que eu pude assistir o filme no vôo de volta) hoje quero falar um pouco de um filme, no caso o filme Invictus.
De forma sucinta e me utilizando de palavras já escritas em outro lugar a sinopse do filme é : Invictus acompanha o período em que Nelson Mandela (Morgan Freeman) sai da prisão em 1990, torna-se presidente em 1994 e os anos subsequentes. Na tentativa de diminuir a segregação racial na África do Sul, o rugby é utilizado para tentar amenizar o fosso entre negros e brancos, fomentado por quase 40 anos. O jogador Francois Pienaar (Matt Damon) é o capitão do time e será o principal parceiro de Mandela na empreitada.
Mas mesmo assim, mais do que uma crônica sobre segregação racial e todo o movimento do Apartheid que existia na África do Sul nesta época, o filme trata também de superação, de trabalho em equipe e de vontade de vencer. Uma inspiração para ser sempre lembrado e mostrado como uma maneira vencedora de liderança, sem menosprezo mas com delegação, com hombriedade, enfim sem tirania e ameaças. O que mais cativa no filme é a união dos povos através do esporte e a mostra de que o esporte é ainda hoje uma ferramenta importante na luta contra as diferenças, na luta contra a opressão, contra a segregação seja qual for o motivo para tal. Tanto é verdade que a FIFA durante os últimos jogos desta copa que vem acontecendo na África do Sul tem se utilizado dos capitães das seleções para levar ao mundo mensagens contra o racismo e quaisquer formas de discriminação existentes ainda nos dias atuais.
Morgan Freeman nos brinda com mais uma grande atuação, confundindo personagem e ator ao ponto de que ao apontarmos Mandela sempre iremos lembrar de Freeman e sua interpretação. Já Eastwood nos brinda com mais uma direção segura e nos prendendo a história do começo ao fim. Mais do que isso, consegue que entremos na vida e no dia a dia do então presidente eleito Mandela e por outro lado nos trás a história de um Pienaar coadjuvante (Damon) que faz o elo para a história do filme sem perder a força e o interesse no mesmo. Além disso, personagens secundários como a acessora do presidente ou mesmo seus fiéis guarda-costas são um show a parte até o final do longa. É claro que o climax do filme é baseado em uma história real e portanto, não nos reserva nenhuma surpresa (a vitória da África do Sul na copa mundial de Rugby) mas nem por isso não deixa de nos emocionar da maneira como o time africano evolui como equipe ao longo da competição e como esta evolução serve de pano de fundo para a união dos povos da África do Sul.
Para quem ainda não teve a oportunidade de ver o filme (afinal o filme foi lançado por aqui no final de 2009/começo de 2010) fica a dica de um filme que foge um pouco ao blockbuster hollywoodiano ao mesmo tempo que não irá entendiar quem procura apenas duas horas de diversão na frente da telinha. E pra quem viu, fica o convite a deixar a opnião por aqui.
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