Aproveitando que meu videogame/blue-ray player estava novamente na ativa, aproveitei o final de semana frio, chuvoso e com a necessidade de votar para alugar alguns filmes e me atualizar um pouco com relação a cinema. O escolhido da vez foi “A Ilha do Medo”. Abaixo colocarei um pouco de minhas impressões.
A sinopse do filme, retirada do site IMDB é: “Em 1954, o marechal americano Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) e seu parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo) são atribuídos para investigar o escape de um paciente no hospital de segurança máxima/prisão para loucos criminosos localizada na Ilha de Shutter. Uma vez na ilha, eles percebem que os funcionários do hospital e da prisão não estão realmente cooperando com a investigação deles. Parece que os funcionários estão escondendo um grande segredo e Teddy irá descobrí-lo. Teddy acha que se ele pudesse ver os registros, ele poderia acabar com o caso. Entretanto, a ilha é atingida por um furacão, e os pacientes mais perigosos escapam e devem ser capturados. Isso dá a Teddy e Chuck a oportunidade de verificar algumas das construções que eles eram proibidos de ir. O que Teddy acha é a resposta que ele estava procurando. Lembre-se, as coisas não são sempre o que elas parecem ser”.
O filme parece uma coletânea de filmes e homenagens às películas policiais/detetives mais antigas, desde a atmosfera até a trilha sonora e fotografia, retratando fielmente como se vestiam os policiais federais da época. Desde a primeira cena com uma trilha que parece martelar sua cabeça e todo o nevoeiro que envolve o “passeio” de balsa dos agentes federais até a ilha título do filme até a cena derradeira do final tudo evoca os filmes noir dos anos 40/50. E é essa a premissa do filme.
Leonardo di Caprio encarna um agente federal americano veterano da segunda guerra que ainda se recente muito do que lhe ocorreu quando das invasões a campos de concentração alemães e as cenas que presenciou em tais lugares. É também afetado por problemas particulares que vão sendo mostrados pouco a pouco na trama e que fazem com que ele tenha que viver sob a “mira” do “fantasma” de sua falecida esposa. Rufalo parece ser o elo da razão da dupla ao mesmo tempo que passamos o filme inteiro desconfiando de sua verdadeira essência. E isso é só o começo.
Com o desenrolar da história, nos vemos envolvidos numa rede de acontecimentos entrelaçados que nos fazem duvidar do que é realmente verdade e o que é devaneio/loucura dos personagens envoltos na trama. É claro que Scorcese vai plantando dicas do que está por vir no final mas as interpretações de Di Caprio e Rufalo são um show a parte, nos mantendo atentos a cada movimento/palavra na telinha (ou telão caso você tenha visto no cinema) e nos fazendo ficar cada vez mais confusos com relação a quem realmente acreditarmos.
No final, aquele sabor de “eu sabia” nos invade conforme o filme caminha para a derradeira reviravolta, o que poderia ter tido um resultado piegas nas mãos de um diretor menos hábil. Acontece que Scorcese acerta na mão e nos brinda com uma verdadeira obra prima cinematográfica digna do cinema de antigamente.
Eu recomendo!
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