Os vinhos portugueses, principalmente os do Alentejo, formam pra mim a melhor gama na relação custo x benefício quando falamos de vinhos europeus. Casam muito bem com meu gosto pessoal, possuem muito carácter e expressão, grande vocação gastronomica e não ferem demais o meu bolso. E é deste lugar que vem o vinho a ser comentado hoje. Este exemplar foi degustado junto com meu irmão e cunhada durante um almoço de sábado em um dia desses de calor senegales em Sampa.
Um pouco da história deste projeto vitivinícola em Portugal pôde ser retirado do próprio site da vinícola: “Desde o início do século XX, altura em que Joaquim da Cruz Baptista planta as primeiras vinhas da “Tapada de Chaves”, que esta família está ligada à concepção de vinhos de elevada qualidade em Portalegre. O sucesso do projecto, iniciado por Joaquim da Cruz Baptista inspirou a sua única filha, Gertrudes, a continuar o seu legado e, de forma apaixonada, a levar este projecto mais além, tornando-se conhecida pela sua experiência e dedicação ao mundo do vinho. Em 1987, o seu filho Francisco Fino, companheiro nos seus projectos vinícolas, decide plantar uma vinha de 12 hectares na sua propriedade. Esta vinha contribuiu para fazer os vinhos, branco e tinto, do “Tapada de Chaves”. Com a venda da “Tapada de Chaves” em finais de 1998, Francisco Fino decide, juntamente com a sua família, partir para um novo projecto, o “MONTE DA PENHA”.
Falando um pouco mais sobre este vinho alentejano, pude verificar que ele é feito baseado em um corte de 4 uvas, a saber: arinto (33%), roupeiro (33%), fernão pires (33%) e das pratas (1%). Não estagia em madeira, deixando que as uvas expressem toda sua força conjugadas por um excelente terroir. Cabe ainda dizer que o vinho ganhou medalha de bronze no International Wine Challenge de Vienna. Claro que muitas destas competições não podem ser levadas muito a ferro e a fogo e confesso que ainda sou muito inexperiente para julgar tal relevância mas fica aqui o registro. Sem maiores delongas vamos a pequenas notas da degustação.
Em taça o vinho mostrou uma cor amarelo dourada muito brilhante com lágrimaa finas, incolores e pouco viscosas.
No nariz o vinho apresentou boa complexidade onde se sobressaiam notas tropicais de maracujá e pêssego, toques florais (flores brancas, entre jasmim e margarida) e ainda alguma lembrança de pedra molhada (lembrança mineral).
Em boca o vinho confirmou sua complexidade e trouxe de novo muita fruta e floral intenso aliadas a uma deliciosa acidez, gerando muita refrescância e frescor. Álcool impreceptível (12,5%). Um grande final, persistente e sem amargor.
Como eu comentei no início, um grande vinho e confirma minha tese pessoal a cerca dos vinhos portugueses (alentejanos especificamente). Este aqui é foi adiquirido na Vinea durante uma de suas degustações aos sábados. Falo sobre isso em outro post.
Saúde!
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