Mais um chileninho pro blog, este degustado no último final de semana em conjunto com uma bela costelinha de porco ao molho barbecue. E vou dizer uma coisa, meu gosto pessoal, ficou show de bola. Preciso testar mais alguns carmenéres pra ter a certeza de que funciona, mas especificamente falando deste vinho, foi que foi uma beleza.
Falando um pouco sobre a vinícola Butron Budinic(produtora do vinho), a mesma possui 5 grupos de vinhedos no Vale do Cachapoal, no Chile e estes diferem entre si quanto a distância que se encontram da cordilheira(onde a influência das correntes marítimas vindo do pacífico e as frias vindas da cordilheira tem mais ou menos ação sobre eles), tipo de solo, condições climáticas, etc, podendo então dizermos que possuem 5 “terroirs” diferentes criando condições muito boas de diferença de temperatura entre o dia e a noite, bons para a obtenção de uma melhor maturação das uvas e vinhos de qualidade. A vinícola é uma propriedade familiar que já está na terceira geração de “vitivinicultores” no mundo do vinho chileno, e além de muita experiência possuem grande apreço pelo que fazem.
Sobre o vinho em questão, o mesmo tem suas uvas constituintes colhidas manualmente de vinhas de aproximadamente 15 anos de idade (90% carmenére, 6% malbec e 4% cabernet sauvignon), em solos de aluvião com muitas pedras, proporcionando boa drenagem, retenção de calor entre outros pontos positivos além de contar com um clima mediterrâneo amplamente influenciado pela cordilheira. Além disso passa por envelhecimento em carvalho americano novo. Vamos as impressões sobre ele.
Na taça o vinho apresentou uma cor vermelho rubi bem escura com bordas atijoladas. Muitas lágrimas, lentas e incolores.
Ao nariz o vinho se mostrou bem complexo abrindo com aromas de frutas vermelhas maduras destacando-se um toque de cereja no álcool, quase como um licor e morango. Ao fundo, muita especiaria com estaque para pimenta branca e um leve toque animal (embora não tenha conseguido decifrar ao certo) completavam os aromas.
Em boca o vinho apresentou taninos finos e de qualidade, quase doces e elegantes. Trouxe de volta o frutado no retrogosto e alguma coisa de canela/cravo da índia. Leve tostado ao final completavam o vinho. Longa persistência do bom extrato e sem presença de amargor.
Mais um bom vinho trazido pela Vinea, que compõe aquele quadro para o dia a dia pois não são caros. Valeu a dica.
Seu blog tem cheirinho de vinho, diz mamis. Ela é minha ghost-writer. Sou uma felina e se gostas de bigodes (animais), vem conhecer meu blog.
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