É claro que invariavelmente a coisa não é tão simples e fácil assim mas eu vi esta idéia no site de uma revista americana e resolvi lançar o desafio. Vamos esquecer por um momento que os EUA estão neste chove não molha em relação a sua economia e o calote na dívida externa com países credores, países como Itália, Espanha e Portugal em dificuldades financeiras tendo seus títulos comprados pelo banco central da zona do euro ou mesmo a Grécia e sua recente moratória e vamos fazer o seguinte exercício: pegue em sua casa uma garrafa de vinho, seu saca rolhas e se console, afinal você também pode ser um dos que vem perdendo dinheiro neste derretimento global das bolsas de valores. A pergunta é, qual garrafa pegar? Vamos às minhas dicas, sempre lembrando que o interessante é sacar da adega uma garrafa que irá dar uma mãozinha ao país em crise (mesmo que de brincadeira, afinal este é o intuito do post).
Se você é um inveterado admirador dos EUA, a dica do dia é um velho e bom Zinfandel. Me aproveitando do último evento que estive presente, o Encontro de Vinhos (relembre aqui), vou lançar mão de um vinho que eu provei na feira e mais do que aprovei: Zinfandelic 2006, de Amador County, na Califórnia. Este Old Vine Zinfandel é bem carnudão, daqueles que você tem a sensação de estar mastigando o vinho além de fruta e especiarias abundantes! Trazido ao Brasil pela Smart Buy Wines este vinho recebeu 90 pontos (se você é viciados em pontuações) e deve estar na faixa dos R$ 90,00 ~ 100,00.
Agora se o seu negócio é a boa e velha Itália e sua excelente gastronomia e famosos vinhos, a dica de hoje vai pra um dos mais famososo vinhos do mundo: Brunello de Montalcino Camigliano 2003. Feito a partir de uvas Sangiovese na bela região da Toscana, este vinho já fora avaliado aqui no blog em outra ocasião (aqui), mas é impossível esquecer de sua complexidade, grande corpo e acidez, proporcionando momentos de raro prazer. Acompanha bem a culinária local e é encontrado facilmente em lojas como a Rei dos Whiskys e Vinhos de sampa. Boa pedida.
Pensando em alguma latinidade em seu sangue, por que não um bom espanhol? Trazendo um bom exemplar com uma das uvas símbolos do país, a Tempranillo (Tinta de Toro), o primeiro vinho que me vem a cabeça é o Vega Saúco Piedras Crianza, este com custo benefício inigualável e já avaliado por aqui. Mix de frutas vermelhas/escuras, especiarias doces, bom corpo e acidez, pode ser considerado um bom vinho para o dia a dia. Trazido ao Brasil pela Ravin, pode ser encontrado em diversos lugares em preços não superiores a R$ 40,00.
E se você não abrir mão do parentesco e optar por um bom português? Esta é sem dúvida a dica mais difícil que eu vou lhe dar, uma por que sou amante dos vinhos portugueses e outra por que ultimamente provei vários bons exemplares. Mas tentando trazer a memória um dos últimos que realmente me surpreenderam, vou remete-los mais uma vez a um evento que participei, o Gourmetizando II (relembre aqui). O vinho em questão é o Assobio 2009, da região do Douro. Vinho novo, trazido pela Qualimpor, apresentou um corpo bacana, frutas e especiarias, tudo bem integrado sem marcas da madeira muito aparentes e fácil de ser encontrado em supermercados da rede Pão de Açúcar (ao menos em SP). Vá sem erro.
Não vou falar de vinhos gregos uma vez que não tenho muita "litragem" no assunto e não tenho uma boa dica, deixao porém em aberto ao leitor que quiser deixar no seu comentário alguma boa experiência com vinhos do país.
Espero que gostem das dicas e da brincadeira, leiam e divulguem o post deixando é claro as dicas de vocês para nos consolarmos diante desta enorme crise mundial.
Até o próximo!
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