Todos sabemos que a região de Mendoza é um grande deserto, com pouca chuva durante o ano. Evidentemente a vinha é uma planta resistente, mas é necessário a criação de métodos de irrigação em regiões como a de Mendoza. Além disso a variação ano a ano dos índices pluviométricos dificulta a consistência das safras. E eis que chega uma notícia um tanto quanto inusitada: um grupo de pesquisadores da "Universidade Tecnológica Nacional" da Argentina está criando uma maneira de fazer com que caia chuva artificial dos céus de Mendoza.
Este problema fez com o Dr. Raúl Pérez (da universidade referenciada acima) criasse um projeto de engenharia que faria com que se elevasse os níveis pluviométricos da região por meios tecnológicos artificiais. O projeto tem recebido apoio, além é claro do da Universidade Tecnólogica, do Ministério da Ciencia, Tecnologia e Inovação produtiva e da prefeitura de San Martín em Mendoza.
O método utilizado para modificação dos processos metereologicos é conhecido como semeadura das nuvens, técnica esta que consiste em introduzir nas nuvens determinados compostos químicos com o intuito de se aumentar o tamanho e a quantidade de gotas de chuva fazendo com que estas caiam e atinjam o solo. Evidentemente alguns estudos sobre a metereologia e quantidade de chuva local ainda precisam ser feitos, mas o estudo é promissor.
Ainda segundo o professor, o projeto contém quatro fases distintas com duração aproximada de seis meses cada uma, dentre as quais estudo de viabilidade e aplicabilidade, processo de aumento de nuvens, processo operacional propriamente dito e finalmente a avaliação do projeto.
O processo terá início quando a previsão do tempo determinar a existência de nuvens carregadas de líquidos e água realmente gelada na região da semeadura. Depois com o auxílo de geradores e compostos químicos, haverá o que é chamado de captura das nuvens e posteriormente a semeadura aérea com ajuda de aviões. Estes processos serão feitos preferencialmente durante a primavera e verões mendocinos.
Se o projeto tiver sucesso, poderá ser inclusive exportado e utilizado em outras regiões com problemática semelhante. E não deixa de ser muito bom vermos países com economias similares a nossa (dadas as devidas proporções) criando maneiras de melhorar uma de suas culturas símbolo, o que vai muito além de subsídios e guerra cambial.
E você leitor, qual sua opinião?
Até o próximo!
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