A primeira vinícola que eu visitei durante minha viagem, esta fazia parte da minha "lista de desejos" para a visitação tamanho barulho seus vinhos (principalmente o Syrah) vinha fazendo na net e pela mídia especializada. Pois bem, aproveitei o sábado e logo parti para a visita.
A história da vinícola se dá quando Márcio e Magda Brandelli, filhos de Laurindo da Vinícola Don Laurindo resolvem que era hora de explorarem seu próprio modelo de negócios e fundam a Almaúnica em 2008. Já em 2009 se dá a primeira safra. Detentores de 10ha de vinhedos próprios, podemos até chama-la de vinícola boutique dada a limitada produção de garrafas embora ainda exista espaço ocioso para uma produção maior em quantidade de garrafas, com foco atual em vinhos tintos (aprox. 80% da produção) e espumante (chardonnay/pinot noir) pelo método tradicional.
Logo na chegada a vinícola já chama a atenção pela arquitetura moderna e toda pensada também para a recepção do público. Além do deck frontal e da fachada da vinícola, o prédio está dividido em três pavimentos, sendo que toda a vinícola foi pensada tendo em mente o uso da gravidade para a fabricação de seus vinhos. No primeiro pavimento funciona a área para recepção dos turistas, com uma espécie de "bar" onde são servidas as amostras para degustação, uma sala com sofás e lareira para se aguardar a visita ou mesmo para conversar e/ou ler revistas e livros especializados em vinhos e ao fundo deste mesmo pavimento se encontra a estrutura por onde são recebidas as uvas colhidas na safra do ano. No andar mais abaixo se encontram os tanques de inox com temperatura controlada, onde é feita a fermentação e armazenagem pré engarrafamento dos vinhos. No piso inferior, abaixo do nivel do solo se encontram as caves de envelhecimento, tanto para os vinhos tintos (em média de 12 meses) como para a remuage dos espumantes e ainda para envelhecimento dos vinhos/espumantes em garrafas.
Fui recebido pelo próprio Márcio, que fez toda a explanação descrita acima e ainda me serviu os vinhos para degustação, dentre os quais destaco o Cabernet Sauvignon, bem típico mas sem aquele herbáceo agressivo que normalmente encontramos nos vinhos do Vale dos Vinhedos e com um corpo médio e o Reserva Syrah, este inclusive sendo considerado entre os mais representativos da nova geração de bons vinhos nacionais, sendo sempre citado entre os tops tintos nacionais. Muita especiaria, algo de coco e fruta escura completando o pacote olfativo. Corpo denso, taninos firmes e boa acidez. Enfim, mesmo estando ainda em sua segunda safra já mostra muita qualidade e potencial. Vale a prova.
Parece que começava bem minha tour pelas vinícolas do sul do país. Aguardem os próximos capítulos.
Até o próximo!
No comments:
Post a Comment