Os vinhos italianos tem sua posição reservada entre os meus preferidos, apesar de seus preços normalmente um pouco acima do que consideraríamos bom custo benefício. Acontece que eles tem sua potencia e sua vocação gastronômica, de maneira que eu sempre tenho algum exemplar em minha adega pra acompanhar um almoço especial nos finais de semana. E não é diferente no caso deste exemplar.
Feito pela técnica de ripasso, que consiste em o vinho obtido como Valpolicella passar por um tempo de contato com a borra de vinificação que sobrou da vinificação dos vinhos Amarone, obtendo assim mais estrutura, complexidade e aromas. Este vinho é composto por um corte de Corvina Veronese (80%) e Rondinella (20%), uvas típicas da região, e passa por aproximadamente 12 meses de amadurecimento em barricas de carvalho francês. Vamos as impressões.
Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi com borda tendendo ao granada, lágrimas finas e rápidas sem quase nenhuma cor, já demonstrando um pouco de sua idade. Tudo muito límpido e com alguma transparência.
No nariz o vinho apresentou aromas de ervas secas, fumo (tabaco), café e frutas vermelhas. Todos aromas muito bem integrados e indo e voltando na taça, a cada vez que colocava a taça no nariz parecia um outro vinho. Alguma coisa de baunilha também podia ser sentido.
Na boca o vinho tinha taninos firmes, rascantes, que secavam um pouco a boca. Mas tudo muito elegante e integrado com uma boa acidez (o vinho tinha uma boa vocação gastronômica) e sem álcool aparente. Final de média para longa duração com lembrança de frutas e chocolate amargo. Bastante complexidade.
Mais um bom vinho, com um preço um pouco mais alto do que um vinho do dia a dia, mas que valeu o quanto foi pago!
Até a próxima!
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