Para quem me acompanha aqui no blog não é surpresa nenhuma que minha relação com os vinhos nacionais mudou um pouco desde minha viagem ao Vale dos Vinhedos em Novembro do ano passado. E por isso temos visto também uma aumento no número de vinhos nacionais degustados e postados por aqui. E é o caso do exemplar do post de hoje, que veio em minha mala na volta de viagem lá do Rio Grande do Sul. Não vou falar muito sobre a vinícola pois dediquei um post exclusivo a ela quando fui lá (relembrem aqui).
Falando um pouco sobre o vinho, este Syrah já foi muito comentado pela mídia nacional, tendo sido eleito inclusive um dos melhores tintos já produzidos no país por diversas revistas especializadas. É elaborado com uvas 100% Syrah, sendo produzido e depois envelhecido por 12 meses em barricas francesas e americanas, de primeiro e segundo uso. O vinho ainda permanece em garrafa antes de ser liberado ao mercado. Vamos as impressões.
Na taça mostrou uma bonita cor rubi violácea bem forte, com algum brilho e com pouquíssima transparência. Lágrimas finas, moderadamente lentas e pouco coloridas ajudavam a tingir as paredes da taça.
No nariz o vinho se mostrou bem complexo, abrindo com frutas escuras (amoras e ameixa preta), muita especiaria (pimenta principalmente), couro e algo de côco. Depois de um tempo em taça, a medida que a temperatura subiu um pouco, foi possível ainda sentir um toque de estrebaria e um fundo tostado na taça. O vinho era realmente interessante no nariz.
Na boca o vinho apresentou-se volumoso e com bom corpo, boa acidez, taninos finos e bem integrados ao vinho e com álcool na medida, sem sobressair. Retrogosto trazia muita pimenta, fruta e algo de alcaçuz. Final de médio para longo sem amargor final.
Confirmando as expectativas e a degustação feita na própria vinícola, o vinho se mostrou com muita qualidade, muito saboroso e sem defeitos aparentes. Bem equilibrado, parece que o tripé acidez/taninos/álcool estava bem integrado com a fruta e a madeira fora usada de forma coerente. Eu recomendo!
Até o próximo!
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