É com grande satisfação o que eu vou dizer nas palavras a seguir: os vinhos nacionais estão realmente subindo de patamar. E isto, vindo de um cético como eu, é de se considerar. Vejam, eu sempre disse por aqui que não acreditava muito nos vinhos nacionais, em grande parte pelos preços por eles praticados. Mas atualmente eu tenho aprendido muito e degustado algumas boas opções de vinhos nacionais em diversas faixas de preço e me surpreendido, na maioria das vezes positivamente, em relação a qualidade dos vinhos. Acho que agora podemos falar em competição com alguns outros mercados, como o argentino, chileno e sul africano, para começarmos. Os de velho mundo eu ainda acho que só em linhas mais top conseguimos alguma competição, mas estamos no caminho certo. Isto é uma opinião pessoal, é claro, mas se quiserem discordar, por favor comentem e troquemos idéias por aqui, vocês são mais do que bem vindos.
Mas toda esta introdução foi para descrever a experiência que eu tive ontem com o vinho alvo deste post em uma pizzaria sem muitas opções em sua "carta de vinhos". Eu nem estava com muita esperança, mas como já tinha ouvido falar muito bem deste vinho, resolvi apostar. E me dei muito bem. O vinho serviu bem de escolta para as fatias de pizza que vinham na sequência do rodízio.Pesquisei um pouco no site da vinícola Miolo mas não encontrei em que proporção as uvas cabernet sauvignon e merlot entram no corte, uvas estas provenientes do terroir da Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul no projeto intitulado Seival Estate. Este pode ser considerado o vinho de frente da vinícola, mas mesmo assim 10% do mesmo permanece por um ano em carvalho para afinamento. Vamos as impressões.
Na taça o vinho mostrou cor rubi violácea com algum brilho e certa transparência. Lágrimas finas, abundantes, rápidas e ligeiramente coloridas ajudavam a tingir um pouco mais as paredes da taça.
No nariz o vinho tinha aromas de frutas vermelhas frescas, leve floral e alguma lembrança de baunilha. Tudo bem integrado e agradável.
Na boca o vinho tinha um corpo de leve para médio, boa acidez e taninos finos, macios e bem integrados com o restante do vinho. Trazia na boca bastante fruto e algo de baunilha. Final de curta para média persistência.
Uma boa opção de vinho para o dia a dia, sem defeitos e que pode agradar até quem não é um grande apreciador de vinhos. Eu recomendo.
Até o próximo!
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