E chegamos a mais um post com curiosidades sobre o vinho. Mais uma vez o texto foi retirado e adaptado do site da revista WineSpectator, caso queiram ler o mesmo na íntegra ou prefiram o original. Espero que gostem, pois o assunto é muito interessante, ao menos pra mim.
Conforme um vinho evolui, seus aromas de frutas irão evoluir, e como nós os descrevemos irá também refletir isso. Por experiência própria, aromas de frutas desaparecem ao longo do tempo ou assumem características de frutas secas ou cozidas (notas de cerejas frescas podem se tornar mais parecidas com compota ou mesmo kirsch de cereja, por exemplo). Ou eles simplesmente tendem a ir para o fundo da taça trazendo outras características para a superfície do vinho, como temperos ou aromas terrosos.
E quando lemos duas descrições diferentes sobre um mesmo vinho, feitas por pessoas diferentes? Como por exemplo quando um descreve o vinho com aromas de frutas vermelhas e a outra com aromas de frutos negros? Neste caso, não é apenas uma questão de um vinho em evolução, mas também de duas pessoas diferentes que descrevem o mesmo vinho. Cada um de nós irá utilizar o seu próprio vocabulário e pontos de referência para descrever o vinho, fazendo com que os "frutos vermelhos" de um possam se tornar os "frutos negros" do outro, e ainda assim nenhum deles estar errado. Se você provar regularmente com alguém (ou ler as suas opiniões regularmente), você pode encontrar uma maneira para triangular o seu vocabulário.
Um exemplo vem do próprio jornalista, que cresceu com uma árvore de sassafrás no seu quintal, então ele tem uma memória forte associada com essa nota olfativa ao passo que uma de suas colegas de degustação de vinhos sabe o que ele tenta transmitir descrevendo a tal nota de sassafrás, mas não é uma nota que ela esteja emocionalmente ligada, e ela não pensa nisso como muitas vezes ele o faz. O que ele quer dizer é que a nota olfativa de "sassafrás" para ele pode vir a se tornar uma nota de "root beer" ou "cola" para nós. Note que estaríamos descrevendo o mesmo detalhe, apenas com nossas próprias palavras.
E você, caro leitor, quando lê notas de degustação de vinhos normalmente concorda com as descrições olfativas ou por muitas vezes não as entende e associa a outros aromas totalmente diferentes? Deixem suas contribuições nos comentários do blog.
Até o próximo!
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