Ontem foi dia de comemorar a uva Malbec em todo mundo, esta uva que é oriunda da região de Cahors na França mas que aparentemente desenvolveu grande fama na Argentina, na província de Mendoza com seus vinhos opulentos, alcoólicos e escuros. Evidentemente que em seu berço normalmente os vinhos são mais complexos, elegantes e normalmente mais difíceis de se compreender ao passo que os de nossos hermanos se tornaram quase que uma preferência nacional principalmente pelos iniciantes no mundo do vinho, dada a sensação de doçura que estes vinhos propiciam pelo excesso de extração, uso de madeira em demasia e graduação alcoólica elevada. É claro que existem boas exceções, mas em geral essa é a impressão que temos de tais vinhos.
Voltando ao vinho do título, o mesmo é produzido pela Bodega Santa Julia, um dos braços de negócios da Família Zuccardi, um grande nome vitivinícola argentino e que já teve outros vinhos comentados por este que vos escreve (relembrem as postagens anteriores aqui e aqui). É produzido com 100% de uvas Malbec colhidas em Maipú, Mendoza, a 650 metros acima do nível do mar e passa por afinamento em barricas de carvalho por 10 meses. Vamos as impressões.
Na taça o vinho apresentou uma coloração violácea com traços azulados bem escura, quase sem transparência e com lágrimas finas, rápidas e bem coloridas, tingindo todas as paredes da mesma.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutas negras, baunilha e algo de especiarias. Leve lembrança de tabaco ao fundo. O álcool pode ser notado no começo da degustação, mas se arrefeceu no decorrer da mesma.
Na boca o vinho tinha corpo médio, acidez um pouco baixa, taninos firmes e bem presentes. Retrogosto com muita fruta e ligeiro amargor e álcool sobrando um pouco. Final de média duração.
Na média um bom vinho, nada espetacular mas que pode ser considerado um bom dia a dia.
Até o próximo!
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