Começamos nossa curta visita por Santiago na hora do almoço, e nada melhor do que começar já com o pé direito. E o restaurante escolhido foi o El Giratorio, situado no charmoso e elegante bairro de Providencia (lá chamado de comuna). O bairro e seus arredores é composto por uma população e moradias de classe média alta e é muito arborizado e num estilo europeu não tão clássico, me remetendo imediatamente a Londres.
A principal curiosidade do restaurante El Giratorio é que o mesmo está situado no topo de um edifício, 18o andar, muito bem localizado numa área central do bairro e com vista privilegiada da cidade e da Cordilheira dos Andes e como seu próprio nome já diz, tem um piso central que faz com que as mesas girem em torno do eixo do prédio e você tenha uma vista em 180o de quase toda a cidade de Santiago. Seu menu é baseado na cozinha mais internacional mas com ênfase nos pescados e frutos do mar obtidos ao longo da costa pacífica do país. Assim sendo, eu não poderia optar por outro prato que não um dos mais famosos do Chile: a Centolla!
Ali no topo deste edifício se encontra o El Giratorio |
Uma pequena vista de dentro do restaurante. |
Mas o que vem a ser uma centolla? Também conhecido como caranguejo rei (king crab), este crustáceo é valorizadíssimo na culinária internacional e pode custar pequenas fortunas dependendo do lugar em que você possa provar a iguaria. São seres normalmente imensos e habitam as profundezas do oceano, talvez dai uma das dificuldades de se obter tais crustáceos e fazer com que se torne uma iguaria de preços normalmente elevados.
Voltando ao almoço, meu prato era composto de centolla ao molho thermidor, uma deliciosa combinação da carne tenra e saborosa da centolla (que se assemelha a carne da lagosta, mas um pouco mais forte e saborosa) com o molho branco e os queijos que ajudam a gratinar o prato e o conhaque que dá um toque ligeiramente quente ao prato. Divino. Meus amigos ainda escolheram um prato de camarões com queijo de cabra e arroz perla. Segundo a opinião de todos, os pratos estavam espetaculares, bem servidos e bem preparados. Ai a questão era, qual o vinho a escolher. Passado os olhos pela carta, decidimos tomar algo fresco para acompanhar os pratos e aplacar um pouco o calor. E o escolhido foi o Santa Rita Medalla Real Sauvignon Blanc 2010, vinho conhecido de todos nós aqui e que possui uma boa qualidade em relação a seu custo, principalmente em terras chilenas.
O vinho tinha uma cor amarelo palha bem clara, bom corpo e uma bela acidez, que deixava a boca salivando para o próximo gole ao mesmo tempo que ajudava a limpar as papilas para a próxima garfada do prato. Além disso, aromas típicos de maracujá, cítricos, grama recém cortada e algo de mineral ao final. Retrogosto confirma o nariz e o final é de média duração. Um belo vinho.
E assim começávamos com chave de ouro nosso primeiro dia no Chile. Mas muita coisa ainda estaria por vir!
Até o próximo!
No comments:
Post a Comment