O outono é a estação do ano que mais me agrada, os dias são ensolarados mas não são quentes e as noites costumam ter temperaturas mais baixas e são muito amigas de um bom vinho, boas companhias e é claro, uma boa gastronomia associada. Quando conseguimos unir todos estes elementos, posso dizer que a satisfação é completa. Sim, falei tudo isso com o intuito de introduzir o vinho do post de hoje. Ele era um dos elementos discutidos acima, e em conjunto com os demais, pode fazer a noite mais agradável.
Este exemplar vem da região de Montepulciano, na Toscana e é feito com uvas Sangiovese (Prugnolo) 90% e um blend de uvas tintas nativas de região para completar os 10% restantes. A região de Montepulciano por vezes é um pouco desprezada pelos consumidores de vinhos, seja pelas comparações errôneas feitas com os vinhos de Montepulciano D'Abruzzo e com os potentes Sangioveses de Montalcino. Em ambos os casos, os vinhos são ora diferentes por concepção ou pela casta utilizada. De qualquer maneira este vinho passa ainda por afinamento em madeira eslovena e francesa por dois anos e depois por um tempo em garrafa que gira entre 6 a oito meses antes de ser disponibilizado ao mercado. Vamos as impressões sobre o vinho.
Na taça uma cor rubi de média intensidade e boa transparência, lágrimas finas, rápidas e incolores completavam o aspecto visual.
No nariz o vinho se mostrou bem elegante, abrindo com aromas frutados lembrando cerejas e algo de terroso, lembrando cogumelos. Ambos aromas bem integrados e com um fundo de madeira, sem atrapalhar.
Na boca o vinho tinha um corpo leve, boa acidez e taninos finos, redondos e macios. Retrogosto frutado, confirmando o nariz e num final delicado, delicioso e de média para longa duração.
Um grande vinho, me deu impressão de boa tipicidade italiana e que foi harmonizado de forma graciosa com um fondue de queijo. Sei que a maioria irá torcer o nariz e normalmente os vinhos recomendados para esta harmonização são brancos, mas eu achei a combinação fantástica. Uma pena que não é vendido aqui no Brasil.
Uma curiosidade é que cheguei a conhecer o produtor deste vinho em uma passagem sua pelo Brasil no programa BomdiVinho, do Marcelo Di Morais. Apesar do curto espaço de tempo, ele me pareceu muito simpático e apaixonado pelo que faz, além de ter uma esposa brasileira que é chefe de cozinha. Enfim, que arrume logo um importador pro Brasil.
Até o próximo!
Bom dia.
ReplyDeleteO vinho em questão pode ser encontrado a venda em Belo Horizonte nas lojas do verdemar. Possui um otimo preço ! Um verdadeiro,achado!
Bom dia!
DeleteObrigado pela informação. Se você conseguir descobrir qual o importador, seria muito interessante. Confesso que pesquisei e não achei. De qqer forma, uma ótima notícia, é realmente um ótimo vinho.
Abraço!