E passada a celebração do natal e todas as novidades que eu venho atravessando em minha vida, mais uma data comemorativa se aproximava, a virada do ano. E com ela, mais emoções e surpresas estavam reservadas pra mim. A ocasião seria especial: pela primeira vez eu iria reunir meus pais, irmão e cunhada com minha noiva e sua mãe além do "primo" português (percebam que já o adotei como da família mesmo) e mais uma ou duas pessoas que falaremos em outras oportunidades.
O combinado foi que meus pais se encarregariam de preparar um risoto de lulas e camarões e eu e minha noiva faríamos uma receitinha de salmão para acompanhar. Com isto decidido, fiquei a pensar em qual vinho eu poderia harmonizar com a comida, e na busca em minha adega encontrei duas garrafas deste Sauvignon Blanc, o Casa Marin Laurel Vineyeard 2009 que me pareceu uma boa pedida também em virtude dos dias quentes que tínhamos na ocasião. Tudo decidido era hora de curtir.
Fomos muito bem recebidos, como de costume, por minha sogra que além de ter preparado um delicioso patê de alho, nos colocou a disposição croutons, bolachinhas e outros quitutes para nos entretermos enquanto conversávamos sobre os mais variados assuntos. Além disso seus dotes como coqueteleira foram colocados a prova enquanto ela fazia deliciosas caipirinhas de Sagatiba, diga-se de passagem muito bem dosadas e carinhosamente preparadas. Mas a hora de nos embrenharmos na cozinha estava chegando.
Decidimos abrir o vinho um pouco antes de começarmos a cozinhar, e veja só, as duas garrafas quase não foram suficientes para chegarmos ao prato principal. Sobre a Casa Marin já comentei um pouco em outros posts deste blog e não irei tecer mais nenhuma linha para não me tornar repetitivo (relembrem aqui e aqui). Sobre o vinho, é um varietal 100% Sauvignon Blanc colhidas no vinhedo denominado Laurel localizado na DO San Antonio Valley, no Chile e até onde pude observar, não passa por madeira. Vamos as impressões sobre ele.
Na taça o vinho mostrou uma cor amarelo palha com alguns reflexos já dourados, com lágrimas finas, rápidas e incolores. Já no nariz o vinho abriu com notas características de grama cortada, maracujá e pêssego em abundância e leve toque mineral ao fundo. Finalmente ao paladar o vinho mostrou corpo médio, excelente acidez e um retrogosto frutado e mais mineral do que mostrava o olfato. Um belo vinho sem dúvida nenhuma, mostrando o quão consistente é a produção da Casa Marin e suas linhas de vinhos.
Logo o risoto ficara pronto, com o arroz al dente e a lula e camarão se encontrando no ponto, sem estarem nem duras nem moles demais, casando perfeitamente com o salmão feito no forno com rodelas de limão siciliano e ramos de alecrim e ainda com o vinho, que estava no fim. Aliás, a esta altura o primo Vitor ainda nos presentou com mais garrafas de Monte Velho 2011 (já comentado por aqui no post anterior), que também foi bem com a comida e serviu para escortar este final de jantar. Aliás, tanto os pratos estavam de se comer de joelhos como os vinhos se mostraram extremamente alegres e combinando perfeitamente com a ocasião.
De sobremesa, para aquela rebatida básica no álcool e na umidade, uma bela cassata (sorvete italiano com calda de chocolate) e quindim além das tradicionais frutas características desta época do ano. E assim nossa noite de ano novo ia se passando de maneira deliciosa e acalentada.
Até o próximo!
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