Depois de um dia cansativo e atribulado de trabalho cheguei em casa e resolvi que iria tomar uma cerveja pra relaxar, apagar as memórias ruins do dia e dormir feito criança. Como tenho a oportunidade de visitar um empório bem de frente com minha casa, pedi ao Celso (beer sommelier do local) que me indicasse uma boa IPA (india pale ale) para a noite que se aprofundava. Como ele não tinha muitas opções, me falou desta Diabólica e eu resolvi arriscar.
Pausa. Vocês devem estar se perguntando o por que de eu ter pedido este tipo específico de cerveja. Eu respondo. É que tive algumas boas experiências com este tipo de cerveja em algumas outras oportunidades recentes e resolvi apostar novamente neste estilo pra ir conhecendo mais a respeito. Nada muito elaborado não.
Voltando a cerveja, este é um exemplar nacional vindo de Curitiba, onde nasceu a cervejaria. Tudo começou de forma muito rudimentar e caseira, quando alguns amigos aficionados por cerveja resolveram se reunir e produzir sua própria cerveja por lá. E de panelas no fogo e a mistura de alguns tipos de malte chegaram a Diabólica IPA. No que pude descobrir, atualmente a fórmula possui a adição de 7 tipos diferentes de malte em seu processo de fabricação e adição de lúpulo ao final deste, com o intuito de aportar muito carácter, amargor e esta cor puxada para o vermelho. Este modo de fabricação é inclusive dito como o utilizado nos primórdios da fabricação deste tipo de cerveja na Inglaterra antiga, origem deste tipo de cerveja. Além disso, dizem que o India (primeiro I de IPA) diz respeito ao destino dado as cervejas para abastecer os exércitos ingleses que estavam por lá e enfrentavam um calor absurdo. Enfim, lendas e mais lendas que cercam as cervejas. Vamos as impressões sobre a mesma.
A cerveja apresentou uma cor acobreada escura, âmbar e brilhante. Espuma puxando pro bege, sem exageros.
No nariz a cerveja mostrou aromas cítricos e de caramelo queimado (aquela calda de pudim de leite, manja?). Ao final podia-se notar também toques de tostado (do malte provavelmente).
Na boca um deleite. Ataque inicial doce, lembrança de citricidade e refrescância finalizado com bastante amargor e persistência. Bom equilíbrio dulçor x amargor.
Como já disse outras vezes não sou profundo conhecedor do assunto, mas cada vez mais estou me apaixonando pelas IPAs e sua dualidade dulçor x amargor. Recomendo a prova.
Até o próximo!
Fala Vitor, blz?
ReplyDeleteJá experimentou a belga Deus? É feita com o método champeonaise, acho que vc iria gostar bastante. É cara (R$ 120, aprox) mas vale a pena. Se tiver interesse em conhecer outras nacionais, saindo do estilo IPA, tente a mineira Wals. Recomendo a Dubbel, Tripel e Quadruppel (principalmente esta), e eles também têm a sua champeonaise, Wals Brut. Em SP vc encontra fácil.
Ah, e como sugestão de IPA, prove a Green Cow, da Seasons. É de Porto Alegre, mais difícil de encontrar e mais cara, mas foi a melhor IPA nacional que já provei.
Um abraço e parabéns pelo blog.
Guerra.
Fala Guerra!
DeleteLegal você por aqui. Eu nunca experimentei a Deus mas confesso que tenho muita vontade e confesso também que o preço me deixou ainda um pouco relutante. Mas sempre ouvi falar muito bem dela, portanto devo experimenta-la logo.
Obrigado pelas dicas e pelas palavras também!
Abração!
Dá uma olhada nesse blog: http://ocrueomaltado.blogspot.com.br/2013/10/cervejas-selvagens-parte-xiv-flanders.html
ReplyDeleteLegal hein? Dá pra aprender um pouco sobre a bebida sem precisar de aula nenhuma! Valeu Guerra!
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