Imaginem o cenário a seguir: um jantar após um dia de intensas reuniões de negócios, com colegas de trabalho que vieram de outro país para passarem apenas 3 dias por aqui. O local escolhido para o jantar é a churrascaria mais famosa da cidade. De repente, todos olham pra você e você fica responsável por escolher o vinho que irá acompanhar a refeição. E a escolha foi feita pelo Finca Sophenia Reserve Malbec 2011, o que aparentemente cumpriu as expectativas alheias.
A Finca Sophenia tem uma idéia curiosa quando tratamos de seu nome. Fundada em 1997 por Roberto Luka, o nome se formou a partir da junção dos nomes de suas filhas Sophia e Eugenia. Mas Roberto não começou ali sua história com vinhos, sendo anteriormente responsável por uma das maiores empresas de exportação de seu país além de presidir a Wines of Argentina. A vinícola tem seus vinhedos localizados nas encostas da Cordilheira dos Andes no famoso distrito de Tupungato, em Mendoza na Argentina. A elevação aproximada dos vinhedos é de aproximadamente 1200 metros acima do nível do mar, criando assim condições para um clima mais ameno com muita exposição solar e um bom contraste de temperaturas durante o dia e a noite. Além disso, a aplicação de modernas técnicas de enologia (com dicas do famoso Michel Rolland) tais como resfriamento de uvas brancas após recebimento, utilização de gravidade para transporte de uvas e mosto em diversas etapas do processo e assim por diante geram vinhos que tem sido agraciados com premiações e bons conceitos ao redor do mundo.
Sobre o vinho em si, é um vinho 100% Malbec com uvas colhidas manualmente em Tupungato, Mendoza. Passa por afinamento/envelhecimento de 10 a 12 meses em barricas de carvalho francês e americano. Vamos as impressões.
Na taça uma bonita cor violeta de grande intensidade, quase sem nenhuma transparência e com algum brilho. Lágrimas finas, lentas e ligeiramente coloridas complementam o aspecto visual.
No nariz aromas de frutos vermelhos, floral e lembrança de capuccino e mentolado. Vinho bastante fragrante. Ao fundo da taça nota-se algo de tostado.
Na boca um vinho de corpo médio para encorpado, boa acidez com taninos macios e bem redondos. Retrogosto confirma o olfato com fruta e cappucino. Final de média para longa duração.
Um belo vinho, bom representante dos Malbec argentinos que se encontram em terras brasilis. Vai bem com carnes no geral e "guentou" bem o rodízio. Vale a prova.
Até o próximo!
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