Sempre com o intuito de ajudar meus leitores a se embrenhar no mundo do vinho, gosto de trazer aqui de maneira sucinta e adaptada alguns artigos que julgo interessantes e que encontro por ai em minhas constantes "viagens" enovirtuais. E este é o caso do artigo a seguir, embasado e inspirado em outro que li dia desses e que vem muito a calhar principalmente para iniciantes do mundo do vinho mas que também pode relembrar alguns princípios básicos a outros tantos que tem a ideia que sabem tudo e que não é preciso evoluir. Trataremos aqui de algumas características básicas que conseguimos observar em todo e qualquer vinho que provamos e que podem nos ajudar a entende-los de uma forma mais simples. Espero que gostem.
Doçura: também identificável e tratada como o nível de "secura" que um vinho pode apresentar. Nossa percepção de doçura começa na ponta de nossa língua. Muitas vezes, a primeira impressão de um vinho é o seu nível de doçura. Acreditem ou não muitos vinhos secos também possuem certa percepção de doçura. Como sentimos tal sensação? Sensação de formigamento na ponta da sua língua, ligeira sensação oleosa no meio de sua língua que perdura por alguns momentos ou ainda uma maior viscosidade. Um vinho muito seco pode também ter esta sensação confundida com a sensação causada pelos taninos.
Taninos: uma das características mais confundidas no vinho e também das mais complicadas de ter sua sensação explicada. Muitas vezes confundida com a secura de um vinho, a sensação dos taninos se presta a este papel por causar uma sensação de secura em sua boca. Na verdade, no entanto, os taninos são agentes fenólicos presentes no vinho e que agregam certa "amargor" ao vinho. Podem ser oriundos das cascas/sementes das uvas ou do aporte que o carvalho trás ao vinho. Mas qual a sensação afinal? Secura, amargor, travamento, aquele sabor herbáceo e adstringente que lembra banana verde. Apesar de tudo isso, o tanino é um dos pilares e é muito benéfico ao vinho adicionando complexidade, harmonia e equilíbrio ao vinho. Sentido principalmente na parte da frente da boca e nas gengivas.
Acidez: normalmente acrescenta elementos azedos e picantes a comida/bebida. Normalmente é confundida com o teor um pouco mais elevado de álcool. Vinhos que tem acidez mais alta normalmente tem a percepção de serem mais leves e refrescantes. Como a sentimos? Sensação de formigamento principalmente nas laterais da língua e bochechas com o aumento da salivação também.
Corpo: é o resultado de muitos fatores - desde a variedade do vinho, de onde vem, safra, nível de álcool e como ele é feito. O corpo é um retrato instantâneo da percepção geral sobre o vinho. A melhor ferramenta é a comparação. Compare o vinho que estiver provando a água e depois a azeite e me responda: ele se parece mais, em termos de viscosidade e peso, a qual dos dois? A água é totalmente fluida (leve) ao passo que o azeite mais viscoso (encorpado). E claro, existe o intermédio.
"Frutosidade": normalmente são como os vinhos são caracterizados, principalmente os mais novos, por seus aromas e sabores frutados. Isso, entretanto, varia muito desde a casta utlizada para produção do vinho, método de produção, região da onde as uvas são colhidas, e assim por diante. Procure por aromas/sabores de frutas vermelhas/negras em vinhos tintos; frutas tropicais/cítricas e/ou de polpa branca/amarela em vinhos brancos por exemplo.
Com estas características um pouco mais explicadas, cabe a nós agora nos atentarmos a elas enquanto degustamos os vinhos. E claro, continuar sempre a estudar e a entender melhor cada nuance destas características. Espero que tenha sido útil.
Até o próximo!
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