O mais legal do mundo do vinho com certeza é ter a oportunidade de provar e conhecer vinhos de diversas partes do mundo e poder trocar idéias, por aqui ou pessoalmente, sobre o que achamos do vinho e coisas do gênero. Aproveitando ainda que dia desses minha esposa, em meio a um diálogo pós refeição, que dentre os tipos de vinhos que vinhamos provando, provavelmente os espumantes eram os que faziam a sua cabeça. Somando por fim o fato de que a remessa do clube de vinhos da Winelands era de vinhos gregos e tinha um espumante dentre estes, o que fazer se não tirar da adega o Amalia Brut?
O espumante em questão é produzido pela Tselepos, uma vinícola situada na região do Peloponeso, Arcádia para ser mais preciso, e gerida pela família de mesmo nome. A propriedade foi fundada ao pé do Monte Parnon no final dos anos 80 sendo que hoje conta com mais de 40 hectares de vinhedos próprios e outros tantos de vinhedos de cooperados. A uva branca carro chefe da vinícola, e da região por assim se dizer, é a autóctone Moschofilero. Plantadas a uma altitude média de 750 metros acima do nível do mar, tais vinhas possuem idade média superior a cinquenta anos.
Foto retirada do site do produtor que mostra os vinhedos da onde vem as uvas Moschofilero |
Sobre o espumante propriamente dito, como já escrito anteriormente, é um espumante cujo vinho base é feito com uvas 100% Moschofilero e segundo o método tradicional de produção de espumantes, com a segunda fermentação em garrafa. Sem maiores delongas vamos às impressões.
Na taça uma bonito cor amarelo palha, límpida, brilhante e com uma boa formação de borbulhas. Perlage longo.
No nariz o vinho se mostrou extremamente floral, com leve toque de mel ao fundo. Não notei aromas característicos de leveduras apesar do método tradicional ter sido utilizado na produção deste espumante.
Na boca um vinho extremamente fresco (acidez excelente) e com uma leve dulçor num primeiro momento. Retrogosto confirma o floral. Final de média para longa duração.
Interessantíssimo esse espumante, por ser de uma uva que até então não conhecia e de um país que não temos o costume de provar seus vinhos, a Grécia. Vale lembrar que a Grécia é por excelência um país de vinhos com a viticultura sendo uma das primeiras atividades desde a antiguidade. Acompanhou algumas carnes grelhadas e o fim de noite de uma sexta feira pra lá de cansativa. Eu recomendo.
Até o próximo!
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