Depois de dois vinhos espanhóis seguidos, era hora de partirmos em outra direção, direção esta que os ventos nos levariam. Brincadeiras a parte, resolvemos mudar um pouco o foco, porém nem tanto: continuaríamos na Península Ibérica, só que agora visitaríamos meu ainda sonho de consumo Portugal e seu belíssimo e aclamado Douro. O vinho escolhido? Rio Real Douro 2010.
O Douro me parece ser uma das regiões mais bonitas do planeta, claro que minha experiência se dá só por fotos, videos e afins, mas mesmo assim tenho uma imensa vontade de visita-lo. A região fica ao longo do vale do Rio Douro e tem uma paisagem de tirar o fôlego. De clima Mediterrâneo, com verões bem quentes e secos mas contrastados com invernos rigorosos, o vale do Rio Douro se mostra extremamente propício para o cultivo das vinhas, cultivo este que se dá nas encostas extremamente íngremes ao longo deste vale, degrau por degrau, em um solo rochoso e com muito xisto. De lá vem também o mundialmente famoso Vinho do Porto, tipo de vinho fortificado comumente associado a sobremesas a base de chocolate mas que vai muito além disso.
Sobre o produtor do vinho, o Grupo Parras - Seleção de Enólogos, descobri que é uma empresa especializada na produção e seleção de vinhos de qualidade em diversas regiões de Portugal. A equipe de enologia residente, especializada nas mais diversas regiões vitivinícolas portuguesas, convida anualmente um enólogo de referência nacional ou internacional com quem partilha o projeto Parras. Tal equipe percorre anualmente o país e seleciona as melhores castas e as melhores uvas de cada região, sendo que em laboratório trabalha estas castas e traduz em seus vinhos as aspirações do mercado consumidor.
Já o vinho em questão, o Rio Real Douro 2010, é um corte das uvas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz (típicas da região). Passa por 10 meses de envelhecimento em barricas de carvalho. Possui ainda 13,5% de teor alcoólico. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea com toques de granada nas bordas. Lágrimas finas, ligeiramente coloridas e rápidas finalizam o conjunto visual.
No nariz o vinho mostrou aromas de frutos vermelhos maduros, toques florais e lembrança de baunilha.
Na boca o vinho mostrou um corpo médio, boa acidez e taninos finos. Retrogosto confirma o olfato. Final de média duração.
Um vinho simples, bem feito e sem defeitos, ideal para o dia a dia e para acompanhar nossas refeições mais casuais e rotineiras. Eu diria que acompanharia muito bem nosso arroz, feijão e bife. Vale a prova.
Até o próximo!
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