Monday, May 5, 2014

Champagne Charles Collin: Ainda sem importador pro Brasil

Ainda falando sobre o Encontro de Vinhos do último dia 21 de Abril (eu e meus posts ainda atrasados), muitos vinhos bacanas ainda sem importador no Brasil também puderam ser vistos por lá, como é o caso desta produtora de champagnes, a Charles Collin. E olha que podemos estar perdendo vinhos muito interessantes. Pelo que puder apurar no dia do evento e depois em minhas pesquisas, a Charles Collin já estaria a algum tempo tentando arrumar alguém que consiga importar seu champagnes aqui para o Brasil e um dos impedimentos, como de costume, é sempre o preço. 

Apesar de estar enraizada a mais de 60 anos em Fontette, na França, a casa conta com uvas vindas de muitos produtores da região, sendo que grande parte dos cortes utilizados para a produção tem como base a Pinot Noir. A casa possui um portfólio composto por 7 tipos de champagne, desde as mais simples (como a "Selection" - se é que podemos considerar champagne simples em algum estágio) até um champagne vintage e edições especiais. Os preços ao consumidor final por lá variam entre 18 e 35 Euros. Como de costume, provei diversos champagnes por lá mas destaco dois, para não deixar a leitura maçante para vocês, estimados leitores.


O primeiro champagne que destaco é o de entrada deles, o Champagne Charles Collin Selection. Este vinho é um corte de 95% de Pinot Noir e 5% de Chardonnay. Fica em contato com as leveduras, após a segunda fermentação, entre 2 e 3 anos antes de ser liberado ao mercado. Na taça mostrou uma bonita coloração amarelo ouro com perlage boa e persistente (embora a taça não ajudasse na avaliação). No nariz aromas de panificação, frutos brancos e vermelhos em harmonia e ligeiro toque apimentado. Na boca é bem fresco, leve e saboroso. Confirma o olfato e fica por bons momentos no palato. Uma delícia de champagne.


Depois, o segundo champagne que gostaria de falar sobre é o Champagne Charles Collin Cuvée Charles Rosé, vinho este já um top da casa. Seu corte é composto de 80% de Chardonnay com 20% de Pinot Noir (sendo que destes, 10% vinificado em branco e 10% vinificado em tinto). Fica nas caves por 4 anos. Na taça mostra uma coloração de pele de cebola tendendo a um salmão um pouco mais intenso, novamente com bolhas em abundância e bem persistentes. No nariz os aromas são sedutores, com morango em evidência, seguido por algo de frutas escuras também além de panificação e mel. Na boca é equilibrado, gordo e faz um belo colchão de espumas. Confirma o olfato e fica conversando por um bom tempo com a gente. Apesar de mais sisudo, este champagne é pra ser bebido com calma, curtindo cada gole.

Confesso que pouco entendo dos trâmites de importação e comercialização de vinhos mas, entendo também que existe um mercado nacional que pode ser explorado com produtos (vinhos) de qualidade, como me parece ser o caso aqui. Para informações, sugiro entrar em contato diretamente com o produtor em info@champagne-charles-collin.com  ou no próprio site (aqui).

Até o próximo! 

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