O final de semana foi recheado de bons motivos para comemorar: o aniversário da minha esposa havia sido na segunda feira anterior e no domingo teríamos o dia das mães. Então, nada como homenageá-la de uma vez só mas com grande estilo. Aproveitamos para sairmos e irmos jantar fora e levei junto a tira colo uma garrafa deste champagne, o Champagne Louise Brison Millésime 2005, afinal de contas, momentos especiais ao lado de pessoas especiais merecem nada menos do que vinhos especiais.
O Champagne é o vinho espumante mais conhecido do mundo, e a técnica de vinificação a mais original do mundo. O primeiro vinho da região foi elaborado há 2000 anos e, já na Idade Média, era muito famoso. A sagração dos Reis da França na catedral de Reims e a proximidade de Paris ajudaram a desenvolver as formidáveis oportunidades desse vinhedo. Na época do batismo de Clovis em 498, não era ainda o mesmo tipo de vinho que temos o prazer de tomar hoje em dia, era um vinho tinto e tranqüilo. Não tão tranqüilo, portanto, pois umas borbulhas faziam explodir as garrafas. O monge Dom Pérignon conseguiu entender o processo dessa segunda fermentação e afinou o “méthode champenoise” no fim do século XVII.
O Domaine familiar "Champagne Louise Brison" situa-se em Noé Les Mallets, no departamento Aube, onde cultiva 13 hectares de vinha AOC Champagne. O Domaine é produtor de Champagnes millésimés de grande tradição que são maturados em barris de carvalho e envelhecidos em caves durante 5 a 6 anos. As vindimas são totalmente manuais e a seleção dos cachos de uvas se faz na parcela. Produzido a partir de um corte de 50% Chardonnay e 50% de Pinot Noir, este exemplar de champagne é chamado de Millésime por um motivo: possui a safra escrita no rótulo o que normalmente indica ser um champagne de qualidade diferenciada, uma vez que isto só é feito quando o produtor considera que teve uma safra excepcional. Vamos as impressões?
Na taça o champagne apresentou uma bonita cor amarelo dourada, brilhante e muito bonita. Borbulhas minúsculas, persistentes e em boa quantidade.
No nariz o champagne abriu com notas de frutas como pêssego e abacaxi, seguidos de aromas de nozes, mel, panificação e algo sutil de flores. Bastante complexidade e muito fragrante.
Na boca o champagne se mostrou gordo, suculento e com uma boa acidez. O retrogosto confirma o olfato sem grande dificuldade, com a mesma complexidade mas com uma elegância ímpar e o final é longo, deixando um delicioso sabor no palato.
Uma noite incrível, um jantar inesquecível e um champagne pra lá de bom. Assim é que se comemora! Ainda bem que a vida proporciona estes momentos não?
Até o próximo!
No comments:
Post a Comment