E chegamos a mais um post da #CBE - Confraria Brasileira de Enoblogs, este para o mês de junho. E por coincidência ou não, eu fui o blogueiro designado a escolher o tema deste mês. E o mais engraçado é que eu já havia comentado com minha esposa que estava em dúvida sobre qual tema escolheria caso me fosse solicitado. E eis que ela, baseada na nossa viagem ao vale dos vinhedos, me deu a idéia que faltava: "Um vinho branco, de qqer casta e pais, com passagem por carvalho". E eis que chegamos aqui com o Pizzato Legno Chardonnay 2013.
A tradição da família Pizzato na elaboração de vinhos vem desde sua Itália natal, mesmo que em pequenas quantidades. Desembarcando no Brasil ainda no século XIX, a paixão pela vitivinicultura falou mais alto e começou-se então o processo de plantio e cultura de vinhos em solo brasileiro. Entretanto somente em 1998 o sonho da produção de vinhos para comercialização começou a sair do papel. Naquele ano a Vinícola Pizzato é constituída juridicamente e materialmente a partir de investimentos familiares. Estabelecido o negócio e, a partir da produção de uvas de parreirais próprios, inicia-se a vinificação no ano de 1999 com a elaboração do Pizzato Merlot em quantidade final de 15.500 garrafas de 750 ml. Nos anos subseqüentes, a excelência na elaboração de Merlots foi mantida, além de incorporar outras castas na elaboração: Cabernet Sauvignon, Tannat, Egiodola, entre outras. E a partir dai, muitos lançamentos depois, chegamos ao Pizzato Legno Chardonnay 2013.
O Pizzato Legno Chardonnay 2013 é um vinho produzido com uvas 100% Chardonnay de vinhedos próprios da Pizzato, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, fruto da primeira incursão da vinícola aos vinhos brancos com passagem por madeira (este passa cerca de 8 meses em barricas de carvalho francês). É um vinho com o selo D.O. Vale dos Vinhedos, portanto, as uvas provêm exclusivamente dos vinhedos nessa região demarcada. Já estamos em sua terceira safra. Bem, deixando a "teoria" de lado, vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou uma bonita e brilhante cor amarelo dourada. Lágrimas finas, rápidas e sem cor.
No nariz o vinho mostrou aromas de frutas como abacaxi e pêssego em calda, mel, manteiga e um toque que depois de muito debater com minhas esposa, chegamos a conclusão que era algo como champignons.
Na boca o vinho se apresentou gordo, untuoso mas com uma acidez interessante que equilibrava bem. Retrogosto confirma o olfato. Final de média para longa duração que apesar das notas provindas da madeira, não era enjoativo ou pesado, muito pelo contrário, deixava ainda a sensação de quero mais.
Mais um grande vinho nacional que provei, de novo da Pizzato Vinhas & Vinhos, o que só demonstra a dedicação com que esta família trata a vitivinicultura no Brasil. Foi adiquirido no varejo da vinícola na ocasião de nossa visita em março deste ano. Eu recomendo!
Até o próximo!
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