E chegamos aquela época do mês que é sempre bacana, no dia de mais um post da #CBE - Confraria Brasileira de Enoblogs, este para o mês de julho. Em clima de Copa, o tema foi escolhido pelo nosso goleiro, Marcello Galvão, do blog Agenda de Vinhos: "Cristiano, já decidi o meu vinho escolhido pra ser tema da #CBE. Vamos continuar nos brancos, é um vinho que muito me encanta. O tema vai ser Chablis, qualquer faixa de preço e qualquer classificação." Então, segue o jogo, continuemos nos vinhos brancos! E o meu escolhido foi o Chablis Morin Père et Fils 2012.
Detalhes para os marcadores de taça: o vinho foi degustado enquanto assistia a partida entre Holanda e México! |
Chablis é provavelmente o vinho branco mais conhecido em todo o mundo. Oficialmente parte da Borgonha, a região do Chablis está geograficamente afastada, localizada mais especificamente a 136 km a noroeste da cidade Dijon. Esta Appellation d’Origine Contrôlée (AOC) ocupa cerca de três mil hectares ao redor da pequena cidade de Chablis. O clima é continental, com verões secos e invernos longos e rigorosos, sendo que na primavera existe o risco de geadas e perda de parte das vinhas neste processo. Com isso as safras são altamente variáveis por lá. A Chardonnay é a única uva da região, a rainha, entretanto os vinhos podem variar muito de acordo com o terroir. Entre solos argilosos e calcáreos, uma característica marcante da maioria dos vinhos de Chablis é que são notadamente secos e minerais. Existem quatro tipos de Chablis que, em uma hierarquia crescente, seriam: Petit Chablis, Chablis, Chablis Premier Cru e Chablis Grand Cru. Os dois primeiros normalmente são fermentados em tanques de inox sendo que os dois últimos podem passar por fermentação em tanques e depois ir para barricas ou até passarem por fermentação diretamente em barricas.
Sobre o produtor do vinho, a Maison Morin Père et Fils, podemos dizer que é um tradicional produtor da Borgonha, França, que existe desde 1822 e hoje é um dos principais da região de Nuits-Saint-Georges. Preserva as tradições locais e contribui para a reputação dos vinhos da Borgonha, na França e no exterior. Atualmente Morin Père et Fils intergra o grupo empresarial Boisset La Famille des Grands Vins, um dos maiores negócios de vinho da França. Já o vinho em questão, não resta muito a dizer se não que é feito com uvas 100% Chardonnay e aparentemente não passa por madeira. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou coloração amarelo palha com reflexos levemente esverdeados, com bom brilho e boa transparência. Lágrimas finas, rápidas e incolores também compunham o conjunto visual.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutos como abacaxi, pêssego com algo de floral. Toques sutis de pedra molhada também se faziam presentes.
Na boca o vinho se mostrou muito fresco, com uma acidez bem marcante e com um corpo médio. Retrogosto confirma o olfato com um final quase salina de curta para média duração.
Um vinho honesto, fresco e agradável que deve ser bebido em dias quentes. Aproveitei esta época de copa e tomei ele junto com um churrasco e não se saiu mal. Nada de carnes muito gordurosas e/ou pesadas. Mas de qualquer forma valeu. Provavelmente se sairá melhor com frutos do mar, pratos mais leves e entradinhas.
Até o próximo!
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