Na tarde de ontem tive a oportunidade de participar de mais um evento muito interessante para os amantes do vinho, o 4º Tasting Wines of Chile em São Paulo, cuja a programação também incluía a Masterclass "Os Extremos do Chile". O premiado sommelier chileno Héctor Riquelme veio ao Brasil exclusivamente para conduzir a Masterclass, que contou também com a participação dos enólogos responsáveis pelos vinhos selecionados, que fizeram os comentários sobre seus vinhos e os mais extremos terroirs do Chile.
Como todos sabemos, o Chile tem uma vasta extensão territorial no sentido norte-sul, mesmo que a leste-oeste seja bem estreita, o que acarreta numa grande variedade de terrois a serem explorados, dadas condições climáticas, ambientais e geográficas que mudam constantemente ao longo deste território. Além disso, a presença da Cordilheira dos Andes de um lado e o Oceano Pacífico de outro também ajudam a criar lugares muito específicos e únicos para o cultivo de vinhas de diversas cepas. O Chile possui 14 regiões vinícolas em seu território, distintas e espalhadas por mais de 1200 km de extensão. Todos estes fatores em conjunto com a proximidade com o mercado nacional e os preços competitivos fazem com que o Chile siga sendo o líder no consumo de vinhos no Brasil.
O mais interessante, tendo como pano de fundo os vinhos apresentados, é notar que hoje em dia o Chile é muito mais do que Cabernet Sauvignon e Carmenére. Talvez já o fosse a mais tempo, mas o trabalho da Wines of Chile em conjunto com as vinícolas e os enólogos no quesito divulgação tem sido fundamental para mudar o conceito do mercado consumidor de vinhos, que atualmente é inundado com muita informação e muito vinho vindos de vários lugares do mundo. Daí hoje vemos hoje o resgate da cepa País em terras chilenas, bem como uma profusão de vinhos feitos com uvas Carignan, Pedro Ximenez, Cinsault e outras mais incomuns.
E este foi o tom adotado por Héctor Riquelme, tentando exaltar as qualidades e os extremos terrois que o Chile apresenta e os feitos do enólogos e das vinícolas com relação a isto. A partir de agora e nos próximos posts irei falar um pouco sobre cada vinho/vinícola apresentado e o terroir a qual pertencem. Continuem conosco nesta série imperdível.
Até o próximo!
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