Tuesday, August 12, 2014

Outer Limits Old Roots Cinsault 2013: Mais do Vale do Itata na taça!


Talvez em decorrência da localidade de nascimento do nosso querido Héctor Riquelme ou mesmo por ser uma região até então pouco explorado pelo Chile ou mesmo nenhuma destas opções. Eu acho mesmo é que muitas coisas boas estão vindo desta região e muitas novidades desta região foram mostradas na Masterclass "Os Extremos do Chile" do 4o Tasting Wines of Chile em SP. E este também é o caso do Outer Limits Old Roots Cinsault 2013, produzido pela gigante Viña Montes.


Foi em 1987 que Aurelio Montes e Douglas Murray, dois fundadores originais, ambos profissionais do vinho altamente experientes, quiseram realizar seu sonho de produzir vinhos chilenos com qualidade muito superior aos padrões da época. Em 1988, eles se juntaram aos outros dois fundadores, Alfredo Vidaurre e Pedro Grand, que trouxeram suas próprias habilidades e experiências complementares para o empreendimento. E assim nasceu a Viña Montes, primeiramente com o nome de Discover Wine. O primeiro vinho feito por lá, ainda nos anos 80 (final) foi um Cabernet Sauvignon que logo ganhou notoriedade mundo a fora como primeiro vinho chileno premium a ser exportado. E a partir dai cada um dos grandes vinhos da Montes fez seu nome. Já o projeto "Outer Limits" é muito interessante, pois busca exatamente mostrar estes "extremos do Chile", buscando terroirs pouco explorados até então seja pela localização ou pela geografia apresentada ou mesmo redescobrindo vinhas antigas.

O Vale do Itata, no sul do Chile, a 450 quilômetros de Santiago, é um importante local histórico, uma vez que nele foram plantadas as primeiras mudas de vinha, há aproximadamente 500 anos. Hoje, seu passado tem sido redescoberto e mais uma vez seu potencial vinicultor tem sido explorado. A região atualmente é o retrato do novo e do velho: colinas recém-cultivadas dividem a paisagem com vinhedos veneráveis, sem qualquer irrigação, crescendo à moda antiga. O vale é cortado pelo rio Itata, e nessa latitude o clima é frio e as chuvas são abundantes (700mm em um ano normal). Ventos constantes vindos da costa moderam a temperatura durante os dias mais quentes do verão. Solo profundamente vermelho, granítico e com quartzo abundante.


Para finalizar, sobre o vinho, um exemplar que apesar de ter em seu rótulo a denominação de varietal, leva além da Cinsault, 15% de Mourvédre para complementar. Passa por 4 meses de envelhecimento em barricas de terceiro uso para arredondamento e atinge 14% de álcool. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou cor rubi violáceo de média intensidade, bom brilho e pouca transparência. Lágrimas finas, de média velocidade e em pouca quantidade. 

No nariz o vinho mostrou aromas de frutos vermelhos e toques herbáceos. 

Na boca o vinho se mostrou de corpo médio, boa acidez e com taninos finos. Retrogosto confirma o olfato. Final de curta para média duração.

Mais um grande vinho chileno, gostoso, vibrante e que vai muito bem por si só. Eu estava adorando a Masterclass até ali. E recomendo a prova.

Até o próximo!

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