Continuando com algumas surpresas da prova de vinhos do Alentejo que sucedeu a Materclass "A arte do corte", Portugal sempre surpreende com alguns vinhos interessantes, o que não foi diferente com este Ervideira Invisível 2012. Vamos ver os por quês abaixo?
As herdades do Monte da Ribeira e da Herdadinha, pertencem à família Leal da Costa, descendente direta do Conde de Ervideira, agricultor de sucesso dos séc. XIX e XX. O Conde, que recebeu o título de D. Carlos I pelo função social que a família desempenhava na região, deu início à produção de vinho em 1880 como atestam as garrafas que ainda hoje a empresa exibe na sala de provas. Com 160ha de vinhedos divididos pela Vidigueira (110ha) e por Reguengos (50ha), a administração da Ervideira é assegurada por Dona Maria Isabel, a matriarca da família, e pelos seus seis filhos, sendo Duarte Leal da Costa o diretor executivo. A direção enológica é da responsabilidade de Nelson Rolo.
Sobre o Ervideira Invisível 2012, a surpresa principal: é feito a partir da casta Aragonêz, uma casta típica portuguesa que é tinta, mas que aqui foi vinificada em branco pelo pouco (ou quase nenhum contato) do mosto com as casas das uvas. Não passa por barricas de carvalho. Vamos as impressões?
Na taça o vinho mostrou uma coloração amarelo palha bem clara, quase prateada, com reflexos verdeais com muita transparência e brilho. Lágrimas finas, rápidas e sem cor também compunham o aspecto visual.
No nariz o vinho apresentou aromas de pêras, herbáceo e leve toque de especiarias.
Na boca o vinho se mostrou de corpo leve para médio com bom frescor. Retrogosto confirma o olfato e o final é de médio para longa duração.
Um bom vinho português, além do curioso fato da maneira como é produzido. Eu recomendo a prova.
Até o próximo!
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