Sempre que falo da Toscana me vem na cabeça lembranças incríveis de acontecimentos que fizeram o tempo parar, ao menos por alguns dias enquanto viajava com minha esposa pela região. E sempre que posso, busco um vinho italiano para relembrar esta etapa de nossas vidas. Ainda mais em dias de solidão quando não podia estar ao lado dela, sentir seu calor e seus abraços, a sensação de saudade se amplifica e buscamos na memória maneiras de arrefecer os sentimentos. Foi assim que o Monte Antico Toscana 2009 apareceu por aqui.
Por mais de 30 anos Neil Empson e Maria Empson, trilharam a indústria italiana no caminho para a fama internacional e ainda estão na vanguarda da evolução, acrescentando excitantes novos produtores a um portfólio incomparável assim que estes são descobertos. Neil é Membro Honorário da Liga de Chianti e um Cavaleiro da Ordem de trufas e vinhos de Alba. Ele viaja o mundo espalhando a mensagem e desenterrando novos tesouros. Maria, artista, virou mulher de negócios, supervisiona a embalagem, o marketing e as promoções. Uma série de vinhos Empson apresentam rótulos de seu design. A Monte Antico é de propriedade de Neil e Maria Empson. Três décadas e meia de paixão e experiência entraram em homenagem aos Empsons até o coração da Itália. Sua afinidade única com esta região extraordinária levou-os a fazer sua própria marca em solo toscano: com o Maestro dos enólogos italianos, Franco Bernabei, eles elevaram o patamar da uva Sangiovese a excelência e a mesma manifestou o seu potencial máximo, sendo complementada com porcentagens menores de Merlot e Cabernet Sauvignon.
O Monte Antico Toscana 2009 pode ser considerado um supertoscano, é um corte de 85% de uvas Sangiovese, 10% de uvas Merlot e 5% de uvas Cabernet Sauvignon, sendo que estas uvas vem de alguns dos melhores sites de vinhedos da região, nas áreas de Maremma, Colline Pisane, e Colli Fiorentini. Após a fermentação em tanques de aço inox o vinho é envelhecido por 1 ano em barricas de carvalho (80% barris eslava, 20% barricas francesas). O carvalho francês é ao mesmo tempo novo e de segundo uso, enquanto os barris eslavos são 5-6 anos de idade. Seguido por seis meses envelhecimento em garrafa. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea de média intensidade, bom brilho e boa transparência.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutos vermelhos, especiarias, toques terrosos e lembrança de algo animal.
Na boca o vinho se mostrou de médio corpo, boa acidez e taninos marcados. Retrogosto confirma o olfato e o final é de curta para média duração.
Um vinho simples, bem feito, que pelo valor pago (cerca de 8 dólares) entrega o que promete. Vale conhecer.
Até o próximo!
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