Tuesday, May 26, 2015

José Maria da Fonseca Terras Altas Dão 2012

Hoje é dia de garimpar vinhos com bom custo benefício por aqui e começamos, vejam só, com um vinho de um país que eu sempre defendi como berço dos melhores vinhos com relação custo benefício existentes no mercado nacional, que é Portugal. Qual o vinho? O vinho escolhido é o José Maria da Fonseca Terras Altas Dão 2012.


Falar da José Maria da Fonseca é um tanto quanto difícil dado seu tamanho, importância e história no mundo do vinho de Portugal. Para se ter uma ideia, a empresa foi fundada em 1834 e a sua marca mais famosa de vinhos, a Periquita, lançada ainda em 1850. Nem mesmo a morte do fundador, o Sr. José Maria da Fonseca ainda em 1884, fez com que seu legado se perdesse e a família assumiu a empresa, desde então. A partir daí, diversas novas marcas e produtos foram lançados tanto no mercado português como também nos mercados internacionais (o Brasil incluído). Hoje é um dos líderes nas áreas da produção e comercialização de vinhos de mesa e generosos, encontrando-se as suas marcas presentes em mais de 70 países, possuindo mais de 30 marcas, distribuídas por vinhos de mesa, generosos e licorosos, e por cinco regiões: Península de Setúbal, Alentejo, Douro, Dão e Vinhos Verdes.

Sobre o Terras Altas Dão 2012, podemos ainda acrescentar que sua produção foi iniciada nos anos 50, sendo que nesta época, o engarrafamento era feito em sua adega na região do Dão, em Alcafache. Mais tarde, em 1996, todo o processo de envelhecimento e engarrafamento foi transferido para as instalações em Vila Nogueira de Azeitão. É produzido a partir das castas Jaen, Alfrocheiro e Touriga Nacional. Cerca de 10% do vinho tem uma breve passagem por carvalho francês novo. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma coloração rubi violácea de grande intensidade, bom brilho e limpidez. Algumas poucas lágrimas, finas, rápidas e incolores se fizeram notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, baú velho e especiarias. Ao fundo, algo de folhas secas também.

Na boca o vinho apresentou corpo médio, boa acidez e taninos marcados, mas de boa qualidade. Retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração.

Agora a melhor notícia: este vinho custou exatos 23,90 dinheiros no Pão de Açúcar da Eng. Caetano Álvares, zona norte de São Paulo. Por esse preço e dada a qualidade que o vinho apresentou, existe alguma duvida de que é um vinho de bom custo benefício? Eu tenho certeza que não e recomendo a prova.

Até o próximo achado!

2 comments:

  1. Coloração de grande intensidade? Você estava com a luz apagada, quando fez essa análise?

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    1. Prezado,

      Como você pode ver pela foto, a luz estava bem acesa e esta é minha impressão sobre a cor do vinho. Mas, pelo visto, você tem opinião contrária, o que é bom e democratiza o vinho.

      Abraços,

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