Monday, August 10, 2015

Woodbridge Cabernet Sauvignon 2012: O vinho da lenda Robert Mondavi

No início de 1900, Cesare e Rosa Mondavi, recém-casados ​​vieram de Sassoferrato no norte da Itália, estabelecendo-se em Minnesota, nos Estados Unidos. Em 1919, a Lei Nacional de Proibição foi aprovada, proibindo a venda de álcool. Isso parecia incompreensível para famílias italianas, a quem o vinho foi era um elemento imprescindível da vida diária. Felizmente, uma brecha na lei permitiu que as pessoas produzissem 200 litros de vinho por ano para o consumo familiar. Cesare envolveu-se no negócio de transporte de uvas para vinho da Califórnia para os locais onde as mesmas seriam vinificadas e notou que a maioria das uvas estavam vindo de um lugar chamado "Lodi" na Califórnia. Percebendo uma oportunidade ele mudou com sua família, que neste momento também incluía um Robert Mondavi, começando seu próprio negócio de envio de uvas rumo ao leste do país para famílias ítalo-americanos. O primeiro trabalho de Robert foi pregar os caixotes que seriam utilizados para o transporte das uvas. Depois de estudar negócios e química na Universidade de Stanford e tendo um curso intensivo em viticultura e enologia na Universidade da Califórnia em Berkeley, Robert Mondavi mergulhou em todos os aspectos da indústria do vinho. Foi então que, mais de trinta anos atrás, Robert Mondavi estabeleceu uma cultura do vinho na América do Norte, colocando grandes vinhos da Califórnia na mesa de cada cidadão americano. Em 1979 ele estabeleceu a Woodbridge Winery perto de sua casa de infância de Lodi, Califórnia, para fazer vinhos com foco no consumo diário.


Sobre o Woodbridge Cabernet Sauvignon 2012 podemos acrescentar que é um vinho composto pelas seguintes castas: 76% Cabernet Sauvignon, 13% Syrah, 5% Petite Sirah, 2% Petit Verdot, 1% Merlot e 3% outras variedades. Após todo processo fermentativo, o blend final passa por carvalho francês e americano para arredondamento e envelhecimento. Vamos as impressões?

Na taça o vinho apresentou uma bonita cor violácea de média para grande intensidade, bom brilho e boa limpidez. Lágrimas finas, espassadas e ligeiramente coloridas também se faziam notar.

No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, especiarias, chocolate, tabaco e algo que lembrou mentolado.

Na boca o vinho tinha corpo médio, boa acidez e taninos sedosos. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média para longa duração.

Mais uma boa opção de vinho americano a um bom custo considerando o mercado brasileiro (em torno de 45 dinheiros, comprado no Pão de Açúcar). Eu recomendo a prova.

Até o próximo!

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