Na última sexta feira aconteceu no Hotel Pestana São Paulo o Festival do Espumante 2015, uma ótima oportunidade de degustar e promover o espumante e difundir a bebida entre nós, consumidores além de profissionais da área. O evento, organizado pela SBAV (Associação Brasileira dos Amigos do Vinho) contou com as presenças da Pizzato, Aurora, Salton, Decanter, Perini, Miolo, Valmarino, MoëtHennessy, Adolfo Lona, Cave Geisse e cinco produtores da Campanha Gaúcha. O ambiente estava propício para tal, afinal o dia inteiro fez muito calor e a desconcentração com que os vinhos espumantes foram apresentados, atraiam muitas pessoas para o salão do hotel. Abaixo destaco alguns espumante que, segundo minha opinião, foram destaques no evento.
Adolfo Lona Brut Rosé: espumante elaborado pelo método charmat e que possui em sua composição Chardonnay e Pinot Noir. Este vinho é mais fresco, fácil de beber e entender. Tinha uma coloração salmão puxando casca de cebola roxa com borbulhas minúsculas, extremamente abundantes e persistentes. No nariz o vinho alternava frutos vermelhos frescos com toques cítricos, lembrando um pouco de abacaxi e limão siciliano. Na boca tem boa cremosidade, aliando ainda boa acidez e e estrutura média. Retrogosto confirma olfato e o final é de média para longa duração. Sem dúvida um belo vinho espumante;
Poesia do Pampa Brut Guatambu: este espumante é elaborado pelo método champenoise e que possui em sua composição uvas Chardonnay e Suavignon Blanc de Dom Pedrito, na fronteira com o Uruguai. De cor amarelo palha com reflexos esverdeados, o espumante tinha um perlage intenso e de pequenas borbulhas em abundância. Toques de frutos cítricos e maçã verde com leve lembrança de panificação ao fundo. Na boca fazia a diferença com muito frescor e cremosidade, com um equilibrio incrível. Retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração;
Hermann Lirica Brut: este é um espumante de todo curioso, começando por sua composição, 75% de Chardonnay e 25% de Gouveio de vinhedos localizados em Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul (Serra do Sudeste) também feito pelo método champenoise. Resulta num vinho espumante de coloração amarelo palha com reflexos esverdeados com uma perlage intenso e abundante. Toques de frutos cítricos, flores e com um fundo notadamente de panificação. Na boca era fresco e cremoso, com o retrogosto confirmando o olfato e um final longo e limpo. Mais uma bela descoberta;
Pizzato Brut: mais um vinho espumante que tem como base as uvas Chardonnay e Pinot Noir, também pelo método champenoise. Ostenta a DO Vale dos Vinhedos em seu rótulo. Cor amarelo palha com reflexos esverdeados, perlage abundante e de finas borbulhas. Aromas de frutos tropicais e cítricos, flores e panificação. Cremoso e fresco, este vinho espumante confirma o olfato com o seu retrogosto. Delicioso e longo;
Valmarino Brut Rosé: este vinho aparece aqui para fechar o post por ser muito curioso, composto por uvas Sangiovese e Pinot Noir, feito pelo método champenoise. Apresenta coloração rosada tendendo a um acobreado/alaranjado com boa formação de perlage. Aromas de frutos vermelhos e cítricos com algo de panificação. Fresco e com boa cremosidade, se tornando fácil de beber. O retrogosto confirma o olfato e o final era de média duração. Vale conhecer.
É evidente que tínhamos muitas outras opções de bons vinhos espumantes, o que só vem a provar que o Brasil realmente está um passo a frente no tocante a esta bebida. Mas, para não me tornar cansativo, escolhi estas dicas acima e espero que tenham gostado. Um grande evento promovido pela SBAV e que, ano após ano entra para o circuito dos eventos reconhecidamente tradicionais do calendário de Sampa.
Até o próximo!
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