Ontem foi dia de provas alguns vinhos portugueses que ainda não conhecida e claro, de revisitar alguns outros tantos que já conheço e gosto. Mas me chamou atenção uma casa que, segundo o representante presente no stand, ainda não tinha importador para o Brasil e que, provando seus vinhos, acho um desperdício. Estou falando da Herdade do Gamito.
Do site do produtor: "A Herdade do Gamito está situada no Nordeste Alentejano, a 4 quilômetros do Crato, vila histórica que foi sede da Ordem de Malta em Portugal. Com 27 hectares de vinha, é propriedade de descendentes de uma antiga família tradicional, com raízes centenárias na região. Histórias e personagens deste passado áureo habitavam a imaginação de Gonçalo Sá da Bandeira, que em criança sonhava recuperar as terras ancestrais para delas viver. Um querer, que aliado ao amor pela terra e à paixão pelo vinho, o levou a comprar a seu pai uma pequena parcela de terreno, que restava de um patrimônio agrícola familiar. Foi com muito trabalho, persistência e ajuda da mulher e dos amigos, que alargou as fronteiras da sua propriedade e iniciou-se na arte de fazer vinho. Primeiro de forma artesanal, mais tarde adaptando a tradição às exigências da enologia moderna".
Durante o evento eles trouxeram 3 vinhos para degustação, mas nos parágrafos abaixo gostaria de destacar dois, na verdade um único, mas me pareceu que ficaria um post meio vazio e de última hora resolvi incluir o segundo. Em ordem de preferência, começarei com o intruso de última hora e fecho com meu preferido da Herdade do Gamito, se não o preferido da feira.
O primeiro vinho que destaco é o Herdade do Gamito 2009, considerado quase topo de gama da vinícola, este vinho é um corte de uvas Syrah, Alicante Bouschet, Trincadeira e Merlot com estágio de 12 meses em barricas francesas. Resulta em um vinho de cor violácea de boa intensidade, algum brilho e limpidez. Trás no nariz aromas de frutos escuros, algo floral e de especiarias. Na boca é gordo, encorpado e de taninos firmes com boa acidez. O retrogosto confirma o olfato e o final é um pouco curto. Bom vinho.
Chegamos então ao meu preferido, o Gamito Alicante Bouschet 2011, primeiro vinho monocasta da Herdade do Gamito (ALicante Bouschet, just in case). Também passa por 12 meses de estágio em barricas de carvalho francês. Resulta num vinho violáceo de grande intensidade com ligeiro halo granada com boa limpidez e algum brilho. Aromas de frutos escuros, chocolate e tostado. Em boca é cheio, encorpado, taninos macios, redondos e de ótima acidez. O retrogosto confirma o olfato e o final é longo e saboroso. Vinhaço!
Como dito anteriormente, ainda não tem importador aqui pro Brasil. Candidatos? Não percam a oportunidade, eu recomendo.
Até o próximo!
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