Nem todos somos enófilos aficionados por conhecer todos os pormenores dos vinhos que consumimos. Estudar o vinho é muito menos divertido do que bebê-lo, mas algumas pessoas se sentem culpadas em sua ignorância de seus detalhes aparentemente infinitos. Entretanto, trago aqui alguns fatos que podem ser de conhecimento comum e que podem fazer uma certa diferença da próxima vez que você sacar sua próxima rolha, sem entretanto fazer você parecer um enochato.
Harmonizações Perfeitas são exçeções
A próxima vez que você estiver preocupado com a possibilidade de beber um Riesling ou um Gewürztraminer junto a sua comida tailandesa, tenha em mente que harmonizações terríveis (vinho e ovos, por exemplo) e harmonizações transcendentais (Sauternes e foie gras) são pontos fora da curva. Aqui está um guia/regra simples sobre harmonizações: a maioria das combinações de vinho e comida são minimamente agradáveis.
O safra pode não ser o mais importante
O clima em regiões vinícolas afeta o gosto do vinho, mas não tanto quanto quem o fabrica. Uma garrafa de uma boa safra feito por um enólogo ruim poderá ser diminuido se comparado a um vinho feito numa safra não tão boa por um enólogo de prestígio. A dica aqui é encontrar produtores que você goste e que tenham algum renome e montar seleções com eles.
As uvas que compõe um blend nem sempre são importantes
Nem sempre é claro quais uvas compõe um vinho, de qualquer maneira. Nos Estados Unidos, por exemplo, vinhos rotulados como varietais (como Cabernet Sauvignon) podem conter legalmente até 25 por cento de qualquer outra uva (como Merlot, Moscato, ou alguma coisa obscura como Malvasia Nera). Em alguns dos grandes vinhedos do mundo, que foram plantadas muito antes dos testes genéticos permitiram aos cientistas determinar quais uvas eram quais, os vinicultores podem nem sequer ter 100% de certeza sobre as variedades. Também, as uvas podem produzir uma larga escala de aromas e sabores: um Chardonnay rico, amanteigado da Califórnia não lembra em nada um Chardonnay elegante e fino de Chablis, por exemplo.
O preço nem sempre é um indicativo de qualidade
Há uma abundância de vinhos ruins que custam mais de 100 reais. E há uma abundância de grandes vinhos que custam cerca de 100 reais que, no contexto errado, podem ser taxados como piores que vinhos que custam a partir de 20 reais. Em um dia de verão de 40 graus, qual seria sua preferência entre um encorpado Cabernet Sauvignon do Napa Valley ou um refrescante Vinho Verde português? E eu não acho que isso seja verdade apenas para paladares inexperientes. Quando os sommeliers terminam seus turnos em restaurantes sofisticados, onde passaram as últimas 8 horas degustando os vinhos supostamente brilhantes e complexos, a última coisa que desejam é um Bordeaux de $ 3.000. A maioria busca saciar sua "sede"em direção à bebidas mais leves e refrescantes, como a cerveja por exemplo.
Até o próximo!!