Faz algum tempo que eu tenho olhado de maneira diferente para os vinhos do Uruguai pois eles tem demonstrado uma qualidade muito evidente. E alguns dos vinhos que eu tinha muita curiosidade em provar eram os vinhos da bodega Viñedos de Los Vientos, em especial, o Eolo. E não é que eu finalmente consegui? No último dia 10 de Abril tivemos em São Paulo o lançamento do Guia Descorchados, o maior guia mundial de vinhos da Argentina, Chile, Uruguai e Brasil. Num evento com a presença de mais de 400 produtores e uma quantidade ainda maior de vinhos, fica muito difícil de escolher o que provar mas, foquei em vinhos que não conhecia e que tinha interesse de conhecer.
A história da Viñedo de Los Vientos remete a 1920, quando Angelo Fallabrino chega com sua família à cidade de Montevidéu, escapando da primeira guerra. Nativo de Alexandria, Angelo sabe fazer grandes vinhos e cria a maior adega do Uruguai. Seu filho Alejandro segue seus passos e se destaca como uma das pessoas mais inovadoras da indústria vinícola do Uruguai nos anos 70 e 80. Infelizmente ambos morrem, Alejandro no ano 91 e Angelo em 1995. Em 1995, Pablo, um dos três filhos de Alejandro, toma as rédeas de Viñedo de los Vientos, que na época era apenas um vinhedo.
Em 1997, Pablo decidiu começar sua própria adega e, com esse propósito, adquiriu o melhor equipamento italiano. Março de 1998 é marcado como a primeira vindima de Viñedo de los Vientos e levou 3 anos de trabalho depois, para desenvolver o melhor potencial da vinha e criar desta forma, uma série de vinhos orientados para serem únicos e especiais.
Falando agora do Viñedo de Los Vientos Eolo Gran Reserva 2013, podemos ainda acrescentar que é um vinho feito a partir das castas Tannat (85%) e Ruby Cabernet (15%) com amadurecimento de 36 meses em barricas de carvalho francês. Vamos então as impressões?
Na taça o vinho apresentou coloração violácea de grande intensidade com bom brilho e limpidez.
No nariz o vinho apresentou aromas de frutos escuros, couro, especiarias, flores e algo de alcaçuz. Ao fundo também se nota baunilha.
Na boca o vinho se mostrou encorpado com uma boa acidez e taninos macios. O retrogosto confirma o olfato e o final era de longa duração.
Um belíssimo vinho uruguaio sem qualquer duvida e que pelo preço que é vendido, vale o quanto custa. Eu recomendo a prova.
Até o próximo!
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