Quando somos amantes do vinho ou mesmo iniciantes neste mundo e estamos lendo notas de degustação ou descrição de um determinado vinho, em se tratando de vinhos brancos, usualmente encontramos adjetivos que remetem ao quão "mineral" aquele vinho é. E, geralmente, este aroma/sabor causa uma certa estranheza. Teria este vinho gosto de pedras, por exemplo? Encontrei este pequeno artigo que divaga um pouco sobre o assunto e o torna um pouco mais palatável e resolvi trazer pra vocês.
Voltando ao gosto de pedras, seria isso que sentimos quando falamos em mineralidade nos vinhos? Bem, sim e não. O vinho, claro, não tem gosto de pedras; rochas, em geral, não têm gosto de nada (e se você mordê-las, você quebra os dentes). No entanto, alguns vinhos, na maioria das vezes brancos, têm uma espécie de pedregosidade. Ou caráter mineral. Ou alguma coisa. O aroma e o sabor de Chablis podem lembrar o fundo de uma caixa de giz (no bom sentido). A nota esfumaçada em Pouilly-Fumé é tão diferente que deu o nome do vinho (fumée: fumaça). Outros vinhos podem se mostrar um pouquinho salgados.
De certa forma, a mineralidade é o umami do mundo do vinho. Umami é o termo relacionado a sabor, o quinto sabor. Nem doce, azedo, salgado nem amargo, é ... bem, é difícil descrever, certo? Carne, talvez? É real - tecnicamente, tem a ver com a forma como o ácido glutâmico se liga ao seu paladar -, mas o problema é descrevê-lo. Então, também, acontece o mesmo com a mineralidade dos vinhos. Ocorre; como e por que continua sendo um mistério. Para tentar discernir você mesmo, suas melhores apostas são geralmente brancos jovens e geralmente sem passagem por madeira, de regiões de clima frio. Convenientemente, estes vinhos frescos também são ótimos para beber na primavera e no verão: sirva-os com tudo, de ostras cruas a cacio e pepe com favas frescas.
E aí, o texto ajudou um pouco no assunto mineralidade? Eu espero que sim. De qualquer forma, deixem sua opinião na caixinha de comentários abaixo.
Até o próximo!
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