É isso mesmo senhoras e senhores, após trabalharmos por quase cinco meses inteiros neste ano somente para o pagamento dos impostos diretos e indiretos que devemos todo santo ano, podemos começar agora a colher os frutos de nosso suado dinheiro.
E o pior de tudo isso é: o que irão fazer com nosso dinheiro? Iremos ter uma boa rede de saúde para que possamos nos consultar, examinar e internar? Podemos contar com segurança pública, polícia bem treinada e que nos garanta sair de casa e voltarmos são e salvos? E a educação, poderemos colocar nossos filhos em escolas públicas e eles terão uma formação básica e intermediária de qualidade? É claro que temos outras muitas dúvidas referentes ao destino de nosso dinheiro, e sabemos também quais as respostas para tudo isso.
A carga tributária de quase 40% sobre nossos salários mensalmente é inimaginável em um país onde não temos nada em troca, ou muito pouco. Num país onde muito se sabe que uma grande parcela da população é analfabeta ou semi analfabeta, que a maioria da população ganha entre 1 e 4 salários mínimos, que se orgulha estar entre os chamados países emergentes entre muitos outros chavões utilizados hoje em dia nos remete a uma carga tributária destas sem nos retornar nada. Seria justo?
O fato de pagar ou não os impostos seria secundário uma vez que, se tivéssemos retorno nas áreas citadas em parágrafos anteriores. Temos exemplos de países de primeiro mundo, na Europa principalmente, que tem cargas tributárias iguais ou maiores mas em que o cidadão não precisa mais pagar pela educação de seus filhos, por sua saúde e de sua família, tem transporte coletivo de qualidade, tem enfim qualidade de vida.
Muito se fala hoje em dia sobre rforma tributária, enxugamento de gastos do governo, mas como eu mesmo já escrevi, muito se fala e nada se faz. Até quando povo precisa ser lesado e esfolado para enriquecer os poucos que se encontram no poder?São essas e muitas outras perguntas que vêem em minha mente diariamente.
Desculpem o desvio do foco neste blog porém este post é mais um desabafo pessoal do que outra coisa de um brasileiro que já desistiu de acreditar em seu país e se sente desiludido com o futuro.
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