Sempre que o Corínthians entra em campo, a sensação é de que de um lado teremos onze jogadores e do lado adversário muito, mas muito mais que isso. Além de bandeirinhas e juízes inescrupulosos, muitas vezes simplesmente ruins mesmo, temos a metade da população brasileira que não é corinthiana e que estará secando o Timão em busca de mais um trunfo. E claro, os onze jogadores adversários, por fim.
É dado o apito, começa a caçada em campo. Adversários em busca da bola, das canelas corinthianas, querem ver o sangue corinthiano escorrer ao invés do suor. Juízes e bandeirinhas erram, ou se fazem de cegos em determinados lances, levam o ditado dois pesos e duas medidas ao extremo. O jogo segue, os jogadores se agigantam, a disputa é intensa! Gol do Corínthians, do pequeno gigante, e de cabeça. Poucos minutos depois, o timão tem um jogador injustamente expulso. Só o prenúncio do sufoco que viria a seguir. Os jogadores alvi negros soam sangue e se doam, se doam de corpo e alma em busca do objetivo principal: a vitória. Resistem como guerreiros as difíceis provações que lhes são impostas durante a partida. Ao final, dor, cansaço, mas a sensação do dever cumprido e mais três pontos na conta.
De volta a realidade, é mais ou menos o que podemos retirar do desenho do que foi a partida de ontem entre Corínthians e Palmeiras, no estádio municipal do Pacaembú no primeiro clássico de verdade do Campeonato Paulista de 2010. O Corínthians segue a montagem de seu time considerado titular para as disputas do ano do centenário, ano em que o clube disputa a Libertadores da América, um dos poucos títulos que ainda faltam na vasta coleção alvinegra. Do outro lado o Palmeiras ainda busca reforços para que o vexame do ano passado se apague da memória de seu torcedor. O Corínthians começou melhor a partida e com pouco mais de 7 minutos já havia marcado seu gol. Pouco tempo depois entretanto, teve Roberto Carlos expulso em jogada polêmica e discutível. A partir de então o que tivemos foi uma pressão, estéril diga-se de passagem, do time alvi verde sobre o Corínthians, que com sua garra tradicional conseguiu suportar a pressão adversária e sair vitorioso do jogo deste final de semana. Não foi um jogo bonito de se ver, mas para quem duvidava que o Corínthians iria disputar o Campeonato Paulista com objetivo e vencer, teve uma pequena resposta do que vem por ai. E é claro que a vitória aumenta a confiança do grupo de Mano Menezes em suportar a pressão que virá em cima das vitórias pela Copa Santander Libertadores.
Quanto a atuação do árbitro, cujo nome me recuso até a reproduzir, sem comentários. Só provou mais uma vez o quanto é mal intencionado e tendencioso quando lhe convém. Enfim, sobre lixo a gente nem deve fazer muito alarde. Só lamentar.
E que logo chegue dia 24 de fevereiro...
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