A tragédia ocorrida no Chile com os seguidos terremotos que o país vem enfrentando vai deixar diversos prejuízos para toda a população chilena, sejam eles de infra estrutura, de perda de familiares, enfim, em diversos campos da vida do povo. E eu, como apreciador de vinho, já vinha pensando sobre qual seria o impacto dos acontecimentos sobre a produção vinícola do país (maior exportador para o Brasil por exemplo) e me deparei com a matéria a seguir, o qual respondia parte de minha dúvida e portanto resolvi compartilhar com vocês, caso ainda não tenham tido a oportunidade de ler. A matéria foi retirada do site UOL Notícias.
O caminho entre Santiago e o litoral chileno, atingido por um tsunami no último sábado, oferece a paisagem dos tranquilos vinhedos do Cajón Del Maipu, vale que beira o rio de mesmo nome e abriga a mais tradicional região de produção do produto símbolo do país: o vinho.
Vendo as plantas carregadas de cachos mal dá para acreditar que 12,5% da produção da bebida se perdeu. Na localidade de Colchagua, os agricultores afirmaram à TV chilena que os canais da região estavam mais espessos e com cor rosada na manhã de sábado, horas depois do terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o centro-sul do país.
“Parece mais uma obra de arte para expor em Nova York ou Paris”, ironizou o francês Dauré Bernard, olhando a massa retorcida que viraram os reservatórios metálicos onde era processado o líquido em sua Viña Lãs Niñas.
As regiões mais atingidas pelo terremoto são responsáveis por 70% dos vinhos chilenos, e a indústria vinícola estima prejuízos da ordem de US$ 250 milhões, com barricas e cubas destruídas, além de estoques em garrafa tombados dentro das adegas.
Segundo o jornal “La Tercera”, uma mancha roxa com perfume de cabernet sauvignon e carmenere corria da indústria em direção ao campo na vinícola Sutil. “Para piorar, temos que fazer a vindima, mas não temos onde colocar as uvas, afinal, está tudo quebrado”, afirmou o enólogo da empresa, Maurício Polanco.
A festa da colheita que estava programada para Santa Cruz foi suspensa, e os giros turísticos pela rota do vinho só teve retornar em abril. “Muitos estrangeiros seguem ligando para saber dos ‘tours’, mas antes de abril parece impossível fazê-los”, disse Claudio Guevara, operador dos passeios.
A empresa Concha y Toro, a mais conhecida internacionalmente, suspendeu sua produção e disse que 11 fábricas foram atingidas. Já a Santa Rita anunciou perda de vinho a granel. Além da indústria vinícola, a parte mais afetada na economia chilena foi a indústria pesqueira, que calcula a perda de 25% de sua produção, além das centenas de avarias em barcos, atracadouros e estaleiros.
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