Continuando minha incessante busca para expandir meus paladares, conforme eu já devo ter escrito aqui algumas vezes, resolvi provar agora um vinho californiano de uma uva um pouco diferente, da qual eu ainda não havia provado nada até hoje, a Petite Sirah. Sinceramente não conheço muito sobre a variedade da uva e sobre as divisões de regiões produtoras nos EUA. O que eu pude descobrir é que os vinhedos do produtor (Bogle Vineyards) estão localizados nas proximidades da cidade de Sacramento, na Califórnia, mais especificamente nas AVAs Claksburg e Lodi.
As AVAs nos EUA são regiões com características geográficas definidas pelo órgão competente mas que apenas legisla sobre a origem das uvas utilizada no vinho, onde o mínimo de 85% das uvas devem vir da região demarcada, mas não trata de rendimentos, estilo de viticultura e vinificação e assim por diante. Eu diria, sem muita convicção, que seriam embriões das AOCs utilizadas principalmente no velho mundo.
Sobre a uva em si eu pouco descobri a não ser que foi criada inicialmente no Vale do Rhône e por lá é mais conhecida como Durif. Esta casta foi criada num cruzamento entre a Syrah e uma uva menos famosa autóctone do Rhône com o intuito de aumentar sua resistência a pragas. Com o passar do tempo no entanto se percebeu que a casta se adaptou muito bem ao clima mais seco da Califórnia onde passou a ser cultivada por alguns produtores, gerando vinhos interessantes até hoje. Sem mais delongas, vamos as impressões.
Na taça o vinho apresentou uma cor violácea bem escura, quase negra e intransponível mas muito viva e brilhante. Lágrimas finas, corrediças e coloridas ajudavam a tingir a taça.
No nariz o vinho se mostrou muito franco, com forte aroma de coco,quae lembrando um yogurte de coco, um mix entre frutas escuras e vermelhas (ameixa e amoras) e ainda um leve fundo especiado, algo como canela e pimenta. Bastante interessante.
Na boca o vinho se mostrou com corpo médio, taninos médios e em boa quantidade, muito boa acidez. Confirmou em boca o frutado e o coco do nariz, chegando a ficar um pouco enjoativo depois das primeiras taças. Mas nada que comprometesse o resultado final.
Vejam o que o produtor diz sobre o vinho: "Trinta e dois anos depois de ter sido produzido pela família Bogle, em 1978, Petite Sirah é hoje considerado "patrimônio" Bogle de variedades. Mais uma vez as qualidades da marca brilham em um vinho que é a integração perfeita de frutas e carvalho. Encorpado na entrada, aromas de geléia de ameixa preta e carvalho tostado definem o estágio para o que está por vir. Vibrante amoras e frutas deliciosas são emoldurados por taninos graves, enquanto fios de couro e baunilha seduzem apenas o suficiente. Um toque final de acidez do vinho termina com um paladar precisamente balanceado".
Vejam o que o produtor diz sobre o vinho: "Trinta e dois anos depois de ter sido produzido pela família Bogle, em 1978, Petite Sirah é hoje considerado "patrimônio" Bogle de variedades. Mais uma vez as qualidades da marca brilham em um vinho que é a integração perfeita de frutas e carvalho. Encorpado na entrada, aromas de geléia de ameixa preta e carvalho tostado definem o estágio para o que está por vir. Vibrante amoras e frutas deliciosas são emoldurados por taninos graves, enquanto fios de couro e baunilha seduzem apenas o suficiente. Um toque final de acidez do vinho termina com um paladar precisamente balanceado".
Um vinho bem ao estilo novo mundo. Deve agradar em cheio aos apreciadores do estilo entretanto pode cansar um pouco os adeptos ao velho mundo. Eu particularmente ficaria em um meio termo, caso fosse possível. Acompanhando comida, no caso medalhões de filet mignon envoltos com bacon, ele se mostrou melhor ainda. Este exemplar foi adiquirido em uma feira (FWS em São José dos Campos) através da importadora Wine Lovers. Valeu a experiência!
Bons goles!
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