Thursday, May 26, 2011

Regiões Vinícolas de Portugal – Parte 1

Para finalizar a série de posts que resolvi fazer sobre Portugal e seus vinhos, hoje pretendo fazer um breve resumo das regiões vinícolas do país bem como suas princiapais características e vinhos mais conhecidos. Para que o post não se torne massante, irei dividi-lo em dois, com cinco regiões em cada. Vamos as cinco primeiras:



1 – Minho – DOC Vinho Verde: Região de origem do vinho verde, um tipo muito específico de vinho, leve e normalmente de acidez marcante. O estilo no entanto poderá variar de acordo com qual das seis sub-regiões está produzindo o vinho; os vinhos Alvarinho de Monção, por exemplo são mais secos e econrpados enquanto vinhos produzidos com uvas Loureiro na parte mais central do Minho são mais aromáticos e delicados. Todos partilham um denominador comum: devem ser bebidos jovens, de preferência um ou dois anos após seu lançamento no mercado. A região é marcada por colinas esverdeadas aparentemente intermináveis com vinhas envolvidas em véus de neblina. A arquitetura é marcada por muito granito cinza, marcando as cidades históricas mais antigas;

2 – Trás os Montes – DOC’s Douro e Porto: Sendo a região mais remota e acidentada de Portugal, Trás-os-Montes é a zona de origem dos vinhos do Douro e do Porto. Durante séculos as encostas íngremes do vale do Douro tem sido conquistadas por socalcos de vinhas descendo dramaticamente em direção ao rio; paisagem única e impressionante da região. Embora o vinho do Porto seja o produto mais famoso da região, o vinho de mesa é produzido em quantidades superiores tem atraido a atenção tanto de produtores como de consumidores. Um verão seco e muito quente, um solo pobre e rochoso proporcionam níveis de produção reduzidos com certa qualidade, carregados, opacos, maduros, com aromas de frutos vermelhos e notas de esteva;

3 – Beiras – DOC’s Dão, Bairrada, Beira Interior e Távora Varosa: Os vinhos regionais das Beiras são extremamente interessantes, permitindo ao produtor fazer experiências com outras uvas, além da casta Baga que predomina na DOC Bairrada – muito tanino, de cor intensa, com aromas frutados, complexos e extraodrinário potencial de envelhecimento. Os vinhos espumantes constituem outro bom custo-benefício desta zona de solo calcário. Colinas ondulantes e pequenas propriedades dominam as paisagens das Beiras onde os vinhos tintos da DOC Dão, provenientes de solos ricos em granito e xisto, oferecem grande diversidade em estilos e de expressão de frutos, com um toque terroso e vegetal;

4 – Extremadura – DOC’s Alenquer, Arruda, Bucelas, Carcavelos, Colares, Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras:  A noroeste de Lisboa, castas internacionais como Merlot, Cabernet Sauvignon e Chardonnay prosperam entre inúmeras castas tradicionais portuguesas neste clima moderado. Alguns dos melhores tintos da região e alguns brancos de qualidade tem origem em Alenquer, uma área protegida contra os ventos e os nevoerios frios do Atlântico, na qual as uvas amadurecem bem, para produzir vinhos concentrados. A Estremadura também acolhe uma das denominações de origem mais antigas de Portugal – Bucelas – cujo micro clima favorece o cultivo da casta Arinto, resultando em vinhos brancos que se colocam entre os melhores do país;

5 – Ribatejo – DOC Ribatejo: Durante muito tempo apontada como uma região de vinho a granel sem maior qualidade, esta região extremamente fértil situada no vasto e amplo vale do Rio Tejo constitui agora um paraíso para jovens produtores de vinhos. Empreendedores e inovadores, estes produtores criam vinhos estimulantes e com excelente relação entre a qualidade e o preço dos mesmos. Ao contrário das demais regiões ao norte, Ribatejo é formado por grandes propriedades rurais em que as vinhas são apenas uma pequena parte destas terras;

E chegamos então ao final da primeira parte desta pequena viagem pelas regiões vinícolas de Portugal. Espero que estejam se divertindo lendo este post assim como eu estou em elabora-lo. Até o próximo com as cinco regiões restantes.

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