Mulheres que consomem quantidades moderadas de álcool durante uma década mostraram um risco muito menor de apresentar artrite reumatoide. Um estudo sueco relata que a longo prazo, o consumo de álcool, reduz de maneira significante o risco de desenvolvimento de artrite reumatoide. As mulheres que bebiam mais de três doses de álcool por semana eram 37% menos propensas a desenvolver artrite reumatoide (AR) do que as mulheres que não bebiam. Mulheres que bebem uma ou duas doses por semana tinham o risco de apresentar tal doença reduzido em 14% quando comparadas a outras mulheres abstemias.
O estudo, publicado recentemente no site do British Medical Journal, acompanhou as mulheres suecas de 1987 a 1997, examinando-as sobre seus hábitos de vida. Os hábitos de consumo foram comparados aos ataques de inflamação articular. Pesquisas subsequentes de acompanhamento foram realizadas com as mais de 34 mil mulheres remanescentes entre 2003 e 2009, com resultados semelhantes.
Os autores do estudo indicaram, e confirmaram com seus próprios dados, que a curto prazo o consumo de álcool pode reduzir imediatamente a possibilidade de inflamação RA. Mas os pesquisadores queriam saber se a longo prazo o consumo regular e responsável de álcool também ajudaria a impedir a resposta auto-imune que provoca surtos de RA. Segundo a principal autora do estudo, Daniela Di Giuseppe, uma estudante Ph.D. da divisão de epidemiologia nutricional no Instituto Karolinska, em Estocolmo, tudo indica que sim. "Observamos que o maior benefício foi para o longo prazo do consumo de álcool", disse Giuseppe. "Portanto, eu acho que nossos resultados são de interesse para todos, não só os idosos".
Giuseppe disse que o álcool age contra a doença, regulando as respostas auto-imunes, diminuindo a produção de produtos químicos que causam a inflamação. Giuseppe e sua equipe acreditam que o álcool ajuda a reduzir a atividade de citocinas, proteínas usadas na comunicação intercelular. Giuseppe acrescentou que, embora a maioria das mulheres preferia vinho ou cerveja, é provável que o próprio álcool forneça a proteção contra a artrite. "Quando analisamos os tipos de álcool separadamente, não observamos qualquer diferença", disse Giuseppe, advertindo contra a mudança de hábitos de consumo. "No entanto, é melhor ser cauteloso até que outros estudos prospectivos confirmem nossos resultados".
Matéria original publicada em www.winespectator.com
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