Ultimamente tenho procurado vinhos que, além de me darem prazer, possam sempre trazer boas lembranças ou compactuar com momentos de felicidade. E é por isso que tenho aberto garrafas que, apesar de não serem vinhos espetaculares, muitas vezes também não podem ser considerados do dia a dia, ao menos para mim. E desta vez o escolhido foi este vinho que eu trouxe de minha viagem ao Vale dos Vinhedos, já distante quase um ano, que estava adormecido em minha adega desde então.
Sobre a Vinícola Miolo, a pouco a acrescentar, afinal todos sabemos que é uma das gigantes do Brasil e que se não é a maior, provavelmente está entre as maiores produtoras em volume de vinhos do nosso país. Veja o que a própria Miolo diz em seu site sobre o vinho: "O Miolo Lote 43 é uma homenagem ao italiano Giuseppe Miolo, patriarca da família. O vinho leva o nome da terra recebida pelo imigrante na época. Sua elaboração adapta o conceito do "cru", que se refere ao pedaço especial de terra cultivada com um vinhedo dentro de uma área de denominação de origem controlada. Elaborado somente em safras excepcionais, é um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, reunidos em um corte harmônico selecionado pelo enólogo da família, Adriano Miolo. Utilizando-se das melhores tecnologias de produção, a Miolo, através do Miolo Lote 43, lança seu "ícone", e ao mesmo tempo ajuda a consolidar a imagem do Brasil como produtor de vinhos de alta qualidade. É um vinho que apresenta características próprias para o envelhecimento e possui estrutura suficiente para suportar muitos anos de garrafa". Complementando as informações, o vinho é um corte de 50% de Cabernet Sauvignon com 50% de Merlot porém não descobri se teve passagem por madeira e qual o período. Enfim, vamos as impressões.
Na taça uma bonita cor violácea de boa intensidade, brilhante e quase impenetrável, com pouca transparência. Lágrimas finas, rápidas e coloridas tingiam as paredes da taça.
No nariz o vinho abriu com notas de frutas escuras bem maduras, quase secas, grafite, especiarias, flores e toques de madeira, apresentando boa complexidade e harmonia.
Na boca o vinho tinha corpo médio, talvez faltasse um pouco mais de acidez mas com taninos finos e macios. Retrogosto com muita fruta escura e toques mentolados. Final de média para longa duração.
Mais um bom vinho, talvez só precisasse de um pouco mais de acidez, ainda mais por ser o vinho ícona da vinícola. Mesmo assim, recomendo que provem o vinho. Foi comprado no varejo da vinícola por R$ 89,00 e poderia ser um pouco mais barato.
Até o próximo!
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