E eu já via o final do meu ótimo final de semana se aproximando quando cheguei em casa, domingo a tardezinha, já no poente do sol para seu merecido descanso após tanto nos aquecer durante ambos o sábado e o domingo. E como eu estava radiante, só encontrava motivos para comemorar, resolvi que iria abrir mais uma garrafa de um bom vinho para acompanhar o jantar, fosse este qualquer. E não é que chego em casa e descubro que tinha polenta e ossobuco pra comer? O deleite foi completo e o escolhido na hercúlea tarefa de escortar estes pratos foi o sul africano que dá titulo ao post, oriundo da região de Stellenboch.
A região de Stellenboch se caracteriza como uma das mais importantes, se não a mais importante, em termos vitivinícolas sul africanos e é de lá que saem alguns dos mais famosos vinhos do país. E é nesta região que se encontra o chamado "Golden Triangle", segundo especialistas um terroir diferenciado e com muito potencial, demarcado entre o Monte Stellenboch, o Monte Helderberg e uma estrada, e que dá nome ao vinho em questão. A produtora, Stellenzicht Vineyards (o que curiosamente quer dizer "Vista de Stellenboch") tem suas vinhas plantadas nesta região, bem próximos ao mar e em elevações que variam de 100 a 400 metros acima do nível do mar. Todos estes fatores somados a uma variedade de solos característicos da região fazem com que as uvas ali plantadas e colhidas sejam de muita qualidade, qualidade esta repassada aos vinhos da vinícola.
Falando um pouco sobre o vinho, o mesmo é feito de uvas 100% Pinotage colhidas manualmente e fermentadas em tanques de inox e parte em barricas de carvalho. Depois da fermentação, o vinho final passa por um período de 16 meses de maturação em carvalho americano e francês. Possui ainda 14,5% de graduação alcoólica. Vamos as impressões.
Na taça uma bonita cor violácea profunda e brilhante quase sem nenhuma transparência. Lágrimas finas e relativamente lentas mas com muita cor tingiam as paredes da taça e complementavam o aspecto visual.
No nariz o vinho abriu com aromas de frutas escuras passando depois por aromas de madeira, canela, toques herbáceos e de pimenta. Um vinho deveras complexo e elegante, os aromas se mostravam harmônicos e exuberantes.
Na boca o vinho se mostrou encorpado, carnudo, com taninos marcados porém com muita qualidade e uma boa acidez, tornando o vinho bem suculento. Retrogosto trazia muita fruta escura e lembrança de canela. Final de longa duração.
Realmente um baita vinho, foi muito bem com a comida e serviu ainda pra fechar com chave de ouro o final de semana. Foi comprado no free shop do aeroporto de Guarulhos por cerca de R$ 40,00 e se fosse encontrado por este preço, seria uma compra certa. Eu recomendo.
Até o próximo!
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