Fechando um domingo melancólico, que provavelmente iria abrir uma semana cheia e tensa pela frente, não poderia deixar de relaxar e tomar um vinho pra esquecer não é? E eis que me deparo com a falta de opções de onde me encontrava. Minha esperteza (na verdade, a falta de) fez com que eu não trouxesse uma garrafa de minha adega e tive que sair em busca de alguma coisa. Confesso que escolhi meio a olho, afinal, não tinha muito o que escolher e queria sair do óbvio sul americano. Vamos ver o que deu.
Este vinho é feito por uma espécie de cooperativa (Saiagricola, se entendi direito, no site deles) que dentre as várias propriedades, engloba a Fattoria Del Cerro, no coração das verdejantes colinas Toscanas. Dentre seus mais de 170 hectares de uvas plantadas, 20 se encontrem na denominação de origem Chianti Colli Senesi, uma variação menos famosa do Chianti e Chianti Clássico. Por legislação o vinho tem que ter na maior parte de sua constituição a uva Sangiovese, complementada por outras autorizadas. No caso deste vinho, 90% é Sangiovese e 10% é Canaiolo. O fermentado final passa ainda por cerca de 3 meses em barricas para afinamento e ligeiro envelhecimento, antes de ficar um tempo em garrafa e ser liberado ao mercado. A seguir, minha opinião sobre o vinho.
Na taça uma cor rubi violácea com ligeiros toques granada, bastante transparência e brilho. Lágrimas finas, rápidas e incolores.
No nariz aromas essencialmente de frutas vermelhas com toques herbáceos e terrosos. Fruta sobrepõe, entretanto.
Na boca um corpo leve, boa acidez e taninos finos e bem redondos. Retrogosto frutado num final de média duração. Ligeiro amargor final.
Um vinho simples, sem grandes pretensões e que melhorou sensivelmente quando combinado com um macarrão a bolonhesa, comprovando sua vocação gastronômica. Entretanto, entendo que o vinho por si só deve ter atrativos, o que não é exatamente o caso aqui. De qualquer maneira, ajudou a combater a solidão do final de domingo.
Até o próximo!
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