As vezes cometemos certas loucuras e em noites ordinárias abrimos vinhos que talvez merecessem uma ocasião que pedisse um algo a mais. Mas como o ditado sempre disse:"A vida é curta demais para bebermos vinhos ruins", eu pratico o desapego. Um por que eu sei que minha esposa merece sempre provar o melhor e dois, eu não sou colecionador nem nada. Tenho uma ou outra garrafa guardada pensando em ocasiões especiais mas de resto, vamos bebendo à vida! Eu falei tudo isso e me enrolei, como de costume por aqui, só pra introduzir a ocasião em que o Ferrari-Carano Dry Creek Zinfandel 2010 saiu da adega e foi parar na nossa mesa.
A Ferrari-Carrano possui quase vinte vinhedos em cinco apelações distintas do Estados Unidos: Alexander Valley em Sonoma (conhecido por produzir excepcionais Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Syrah); Anderson Valley em Mendocino (reconhecido pelos Pinot Noirs); Dry Creek Valley em Sonoma (Pinot Noir, Chardonnay e Sauvignon Blanc); e Carneros entre Napa e Sonoma. É uma das últimas vinícolas de grande porte que ainda não foi adquirida por um dos conglomerados de marcas famosas. Há duas sedes, uma que produz vinhos tintos em Alexander Valley e outra que produz os brancos em Dry Creek Valley. Esta última é lar da Ferrari-Carano e é conhecida como Villa Fiore Wine Shop & Tasting Room, ou simplesmente de Estate Winery, sendo construída em 1981. Todos os vinhos Ferrari-Carano são vinificadas e mantidos em lotes separados até o momento do engarrafamento.
Agora falemos mais um pouco sobre a estrela do post, o Ferrari-Carano Dry Creek Zinfandel 2010. Apesar de ser um varietal Zinfandel, sua composição é a seguinte: 87% Zinfandel, 9% Petite Sirah e 4% Carignan. Lotes individuais foram transferidos para barris, em seguida, misturados e envelhecidos em barris de carvalho francês, americano e húngaro por 16 meses antes de ser engarrafado e depois por mais 12 meses em garrafa antes do lançamento ao mercado. Vamos as impressões?
Na taça o vinho apresentou uma coloração violácea de grande intensidade, pouca transparência e um bom brilho. Lágrimas mais gordas e mais lentas porém muito coloridas.
No nariz o vinho mostrou aromas de frutos vermelhos e escuros, baunilha, chocolate e leve toque especiado.
Na boca o vinho se mostrou encorpado, com taninos macios e redondos e uma acidez gostosa. Retrogosto confirmou o olfato e o final é de longa duração.
Mais um ótimo vinho americano da uva Zinfandel que provamos por aqui, comprovando nossa paixão por estes exemplares. Confirmou toda expectativa. Foi acompanhado de um fondue de carne ao vinho. Excelente!
Até o próximo!
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