Confesso que cada dia mais me impressiono com este tal de mundo do vinho. A cada descoberta, a cada garrafa desarrolhada e a cada gole de um vinho até então "exótico" por assim se dizer, mais conhecimento se agrega sobre o assunto. E ultimamente tenho provado muitos vinhos vindos de regiões pouco conhecidas e discutidas por aqui como Bulgária, Romênia e afins. E eu fico até orgulhoso, afinal, são terras dos meus antepassados. Enfim, não é diferente com o vinho de hoje, o cavaleiro templário da Bulgária ou, pelo nome de batismo, o Templar Knight Cabernet Sauvignon 2006.
O vinho é produzido pela Stambolovo Winery, situada no sul da Bulgária, em estreita proximidade com as fronteiras com a Grécia e a Turquia. A região é de importância geográfica chave. O caminho mais curto da Europa para a Ásia e Ásia Menor passa por estas terras. Muito provavelmente esta foi a via pela qual as primeiras videiras foram trazidas para o que é hoje o território da Bulgária. Esse fato se deve, em grande certeza determinar a região como um dos primeiros centros de vinificação na Europa. Com uma história de quase 80 anos de atividade, atualmente a vinícola está entre os principais produtores de vinho na Bulgária. Devido às características benéficas climáticas e terroir da região, bem como a qualidade e tradição comprovada, hoje a marca Stambolovo é considerado pela maioria dos profissionais de negócios do mundo do vinho como a vinícola com os melhores, de maior qualidade e mais típicos vinhos Merlot na Bulgária.
Sobre o vinho, encontrei pouca informação disponível, mas o suficiente para compartilhar com vocês, prezados leitores. um varietal 100% Cabernet Sauvignon da região de Suhindol, no sul da Bulgária. Passa por envelhecimento de 12 meses em barricas francesas e americanas, de 225 litros e 6 meses em garrafa antes de ser liberado ao mercado. Vamos as impressões?
Na taça o vinho mostrou uma coloração rubi de média intensidade com tendência ao granada, já mostrando sua evolução, pouco brilho e alguma transparência. Lágrimas finas, rápidas e incolores também se faziam notar nas paredes da taça.
No nariz o vinho mostrou toda sua complexidade com frutos escuros, especiarias, tabaco, alcaçuz e notas mentoladas.
Na boca o vinho se mostrou volumoso e guloso, com taninos amaciados pelo tempo e acidez ainda viva, mostrando frescor inesperado. Retrogosto confirma o olfato e o final é de longa duração.
Mais um belo vinho que foi apresentado pelo Winelands Clube do Vinho, o clube que eu assino e recomendo. E mais vindo das terras de meus antepassados, alimentando minha vontade de um dia passar por lá e verificar tudo isso e muito mais in loco.
Até o próximo.
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